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    'Deputado que apoia ladrão, 100 anos sem reeleição' é lema de ato em SP

    AMON BORGES
    DE SÃO PAULO

    06/08/2017 16h11

    Zanone Fraissat/Folhapress
    SAO PAULO/SP BRASIL. 06/08/2017 - Juristas promovem ato do movimento Quero um Brasil Ético, em protesto contra a decisão da Câmara dos Deputados a favor de Temer..(foto: Zanone Fraissat/FOLHAPRESS, COTIDIANO)***EXCLUSIVO***
    Protesto na avenida Paulista contra votos de deputados a favor de Temer

    "Deputado que apoia ladrão, 100 anos sem reeleição". Este era o lema do protesto que reuniu um pequeno público entre 14h e 15h30 neste domingo (6) na esquina da avenida Paulista com a alameda Ministro Rocha Azevedo, em São Paulo. De acordo com a organização, 500 pessoas passaram pelo ato.

    O Movimento #QueroUmBrasilÉtico, criado pelo jurista Luiz Flávio Gomes, convocou a manifestação contra os votos dos deputados que, na quarta-feira (2), rejeitaram a denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva com base na delação de executivos da JBS.

    A denúncia foi barrada por 263 a 227 votos dos deputados, que foram contrários à autorização para o Supremo Tribunal Federal analisar o caso. Estiveram ausentes 19 deputados (na prática, votando com o presidente) e houve duas abstenções.

    Para o ato, foram impressos cartazes com a foto dos 263 deputados que votaram a favor do presidente para serem distribuídos para quem passasse por ali.

    'VOTO FAXINA'

    "Queremos que a população tenha em mente quais os políticos corruptos e façam o 'voto faxina' para que eles não se reelejam", explica Luiz Flávio Gomes.

    O jurista acredita que a internet tem um papel fundamental na disseminação do nome e dos rostos desses deputados. "Nosso grande objetivo é faxinar corrupto e renovar o Congresso."

    Gritos de "Fora, Temer", "Fora, Lula" e "Fora, Aécio" foram entoados pelo público.

    Para ele, o ideal é que Temer seja afastado, e seu sucessor, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assuma. "E se descobrirmos que ele é corrupto deve sair também", diz.

    A assistente jurídica Damaris Sousa, 31, defende esse tipo de ato. "É melhor do que ficar reclamando em casa. Temos de lutar. Precisamos nos unir para atingir o objetivo. Diminuir a corrupção."

    Temer nega todas as acusações e afirma que a peça assinada pelo procurador Rodrigo Janot é uma "ficção" baseada em um ato criminoso patrocinado por um "cafajeste" e "bandido" –em referência à gravação feita por Joesley Batista, da JBS, de uma conversa que o empresário teve com o presidente no porão do Palácio do Jaburu.

    Com a decisão da Câmara, a denúncia fica congelada até o fim do mandato de Temer, em dezembro do ano que vem.

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