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    Lava Jato

    STJ arquiva investigação da Lava Jato sobre governador do ES

    DE SÃO PAULO

    07/08/2017 20h01

    Joel Silva/Folhapress
    VILA VELHA, ES, 10.02.2017: PAULO-HARTUNG - O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, concede entrevista em sua casa em Vila Velha (ES), sobre a crise na seguranca pública do Estado que levou caos à população com a greve da Polícia Militar. (Foto: Joel Silva/Folhapress)
    O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB)

    O STJ (Superior Tribunal de Justiça) arquivou a investigação aberta para apurar se governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), obteve repasses ilegais da empreiteira Odebrecht no valor total de R$ 1 milhão para campanhas eleitorais em 2010 e 2012.

    Em decisão proferida na última sexta-feira (4), o ministro do STJ Felix Fischer acolheu a argumentação da PGR (Procuradoria-Geral da República) favorável ao arquivamento da apuração.

    A sindicância havia sido aberta pelo tribunal com base na delação premiada do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Barbosa da Silva Júnior.

    Segundo Fischer, o Ministério Público relatou ao tribunal que os repasses indicados pelo delator configuraram "doação eleitoral não contabilizada, não se cogitando de corrupção, pois além de referidas doações terem sido destinadas a terceiros, não houve solicitação de vantagem indevida em contrapartida".

    A respeito da hipótese de prática de crime de caixa dois eleitoral, a PGR afirmou que "caberia ao destinatário da contribuição, e não ao solicitante, o dever de declarar oficialmente a doação, não podendo o Governador ser responsabilizado criminalmente por eventual omissão dos beneficiários de suas ingerências políticas", de acordo com a decisão de Fischer.

    Com fundamento nas alegações da Procuradoria, o ministro determinou o arquivamento da investigação, com a ressalva de que "o caso poderá voltar a ser apurado caso surjam novos elementos probatórios".

    Com fundamento nas alegações da Procuradoria, o ministro determinou o arquivamento da investigação, com a ressalva de que "o caso poderá voltar a ser apurado caso surjam novos elementos probatórios".

    O advogado de Hartung, Rodrigo Rabello, afirmou que a decisão do STJ promove o "restabelecimento da verdade e a preservação da biografia do governador".

    Segundo o defensor do peemedebista, a delação do ex-executivo da empreiteira "não ficava de pé pois o governador Paulo Hartung não disputou as eleições de 2010 e 2012 e nem pediu à Odebrecht doações para terceiros".

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