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    Novos movimentos surgem pela limpeza da política

    ANA LUIZA ALBUQUERQUE
    DE SÃO PAULO

    13/08/2017 02h00

    Zanone Fraissat/Folhapress
    O movimento Quero um Brasil ético, do jurista Luiz Flávio Gomes, realiza ato contra políticos corruptos e a decisão da Câmara dos Deputados em favor do presidente Michel Temer
    O movimento "Quero um Brasil Ético" em ato contra o arquivamento da denúncia contra Temer

    Diante do vácuo de movimentos centristas ou de direita que se posicionem pela saída de Michel Temer, novas iniciativas vão surgindo. É o caso do "Quero um Brasil Ético", que tem como principal liderança o ex-juiz Luiz Flávio Gomes. O grupo realizou recentemente dois atos na avenida Paulista –um no dia 30 de julho e outro no dia 6 de agosto.

    O primeiro contou com a presença do advogado Modesto Carvalhosa, 85, pré-candidato de uma eventual eleição presidencial indireta, caso Michel Temer seja afastado do cargo. O segundo teve como lema "Deputado que apoia ladrão, 100 anos sem reeleição".

    Segundo Luiz Flávio, o grupo ganhou mais energia coincidentemente quando movimentos como o MBL "arrefeceram". "Mera coincidência porque não temos nada a ver com eles."

    Ele considera "lamentável" que tais movimentos defendam a permanência de Temer. "No dia 5 de dezembro estava na Paulista e eles não pediram a saída do Temer. Aquilo me indignou, para nós é fora Temer, Lula, Aécio, fora todos. Eles não falavam sobre a corrupção do Temer", diz.

    O "Quero um Brasil Ético", de acordo com ele, é um grupo "suprapartidário" que não é contra a política, mas contra a "classe política podre". "Criei o movimento como um espelho da indignação popular. Botar gente com cabeça diferente, que possa promover as reformas do país. O atual Congresso está desacreditado", afirma.

    O ex-juiz, que deseja concorrer a deputado federal ou senador em 2018, diz que o movimento é de centro. "O rótulo de conservador não fica bem em nós. Sou muito mais Macron [Emmanuel, presidente da França], nada Trump [Donald, presidente dos Estados Unidos] e nada Lula."

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