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    'Agora cabem consequências', diz ministro sobre infiéis ao governo

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    15/08/2017 12h54

    Andressa Anholete - 3.fev.2017/AFP
    Brazilian President Michel Temer (R) and Chief of Staff Antonio Imbassahy smile during the inauguration ceremony of the ministers of Justice and Public Security, Alexandre de Moraes, of Human Rights, Luislinda Valois and the presidency's Secretary General Wellington Moreira Franco at Planalto Palace in Brasília, on February 3, 2017. / AFP PHOTO / ANDRESSA ANHOLETE
    Antonio Imbassahy, ministro da Secretaria de Governo, em posse com Michel Temer

    Sob pressão dos partidos do centrão, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, afirmou nesta terça-feira (15) que agora virão as consequências para os parlamentares da base aliada que votaram contra o presidente Michel Temer em denúncia por corrupção passiva.

    Segundo ele, além da questão política, a votação sobre a acusação contra o peemedebista levou em consideração a "dignidade do governante", já que, para ele, o presidente é um homem "honrado" e de "vida pública conhecida por todos".

    "Cada parlamentar teve a opção em votar a favor ou contra o presidente e a gente respeita a opção de cada um", disse. "Cada um tomou a sua decisão e agora cabem as consequências, que virão com muita naturalidade", acrescentou.

    Nesta semana, o Palácio do Planalto fará trocas em cargos ocupados por apadrinhados de deputados federais do PMDB que votaram a favor da denúncia. Serão retaliados Celso Pansera (RJ), Laura Carneiro (RJ), Veneziano do Rêgo (PB) e Vitor Valim (CE).

    Os cargos serão distribuídos regionalmente, ou seja, a parlamentares do centrão que votaram a favor do presidente e são dos mesmos Estados dos infiéis.

    O esforço é para apaziguar os ânimos dos partidos do centrão, que ameaçam impor derrota na pauta econômica, como a medida provisória do Refis, cuja expectativa é de que gere R$ 13 milhões.

    O presidente também quer reorganizar a base aliada para uma nova denúncia que deverá ser apresentada até o início de setembro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

    'VOLTA ROSEANA'

    O ministro participou nesta terça-feira (15) de evento de posse dos membros do Conselho Nacional da Juventude. Na cerimônia, a maior parte dos presentes utilizava adesivos do PMDB e do PSDB.

    Em discurso, Imbassahy desfiou elogios ao presidente, a quem chamou de"hábil", "responsável", "equilibrado", "inovador" "corajoso e "honrado". Segundo ele, os membros do conselho presentes na cerimônia fazem parte do grupo "Fica Michel".

    Além de puxar gritos pela permanência do presidente, uma parte da plateia também pediu o retorno de Roseana Sarney, do PMDB, para o governo do Maranhão.

    Em 2015, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) solicitou R$ 2 milhões em propina para a campanha eleitoral da ex-governadora em 2010.

    No ano passado, no entanto, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou inquérito contra ambos por falta de provas.

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