O encontro também não foi registrado nas agendas dos presidentes da Câmara e do TSE.

Com um histórico de idas e vindas e de muito improviso, a reforma política pode ter alguns de seus pontos votados na próxima semana pela Câmara, entre eles a criação de mais um fundo público para abastecer as campanhas e a mudança do modelo de eleição para o legislativo.

	Reprodução/TV Globo
	O presidente Michel Temer deixa a casa de Rodrigo Maia em Brasília

Temer e Gilmar já se encontraram outras vezes sem registro oficial em suas agendas.

No último dia 8 o presidente da República recebeu também fora da agenda a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A visita veio a público após ser registrada por um cinegrafista da TV Globo, por volta das 22h.

Ela disse à Folha que o motivo do encontro foi a discussão de detalhes de sua posse.

O episódio em que Temer ficou sob ameaça de perder o cargo –a conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, da JBS– também ocorreu no final da noite, fora da agenda oficial da Presidência da República.

CRÍTICAS

Gilmar tem se dedicado a debater a instituição do parlamentarismo no Brasil.

Rejeitado pela população brasileira em dois plebiscitos, o último em 1993, o parlamentarismo é composto por um governo comandado por um primeiro-ministro escolhido pelo Poder Legislativo, que pode trocá-lo a qualquer tempo. O atual sistema brasileiro é o presidencialismo.

Gilmar também tem criticado a proposta da reforma política debatida pelos deputados, em especial o ponto que limita mandato de novos ministros do Supremo.

"Não posso deixar de registrar, a proposta de fixar mandato de 10 anos para tribunais é mais uma das nossas jabuticabas [...] Podemos até discutir mandato para corte constitucional, mas não na reforma política. Uma coisa não tem nada a ver com a outra", disse.

Comentários

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ARTHUR BORGES DA SILVA

20/08/2017 08h48

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Acreditam que o Brasil é deles e reunem-se para decidir, só que a realidade pode ser diferente...

Nelson Vidal Gomes

20/08/2017 07h01

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A única coisa boa que parece ter emergido desse encontro, terá sido, então, o debate sobre a instituição do parlamentarismo, que, de fato, será a panaceia para os males políticos do Brasil.A reportagem, a seu turno,deveria ter sido esclarecedora e não confusionista.Com efeito,no parlamentarismo há um chefe de Estado que não é o primeiro ministro e que é eleito pelo povo. Que Deus nos ilumine a todos!

Tiago Barbosa

20/08/2017 01h59

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Folha, considerar que parlamentarismo não é "composto por um governo comandado por um primeiro-ministro escolhido pelo Poder Legislativo, que pode trocá-lo a qualquer tempo" (nem todos são assim). É mais preciso indicar que é o Sistema no qual o governo é comandado por um primeiro-ministro sustentado por maioria no Poder Legislativo e que, via de regra, a depender das regras delineadas, cai ao perder a sustentação. Há espécies de parlamentarismoS, presidencialismoS e semi-presidencialismoS

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