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    Alckmin convida tucanos para debater programa de governo

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    29/08/2017 13h21 - Atualizado às 18h58

    Divulgação
    Alckmin em jantar com prefeitos na casa de Orlando Morando
    Governador Geraldo Alckmin em encontro com prefeitos em São Bernardo do Campo (SP)

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), convidou prefeitos do ABC Paulista para integrar núcleos de discussão de seu programa de governo para a disputa presidencial.

    Em jantar na segunda-feira (28), ele dedicou atenção a temas macroeconômicos especialmente programas de concessão e criação de emprego. A participação dos prefeitos ficou sob encargo de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), de Santos.

    O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que se movimenta como presidenciável, não foi convidado.

    Segundo a Folha apurou, questionado pelos prefeitos sobre Doria, Alckmin disse que "não é um problema".

    Segundo relatos, ele disse que seria legítimo Doria pleitear o posto, mas apresentou em seguida ressalvas a uma escolha desse calibre.

    Argumentou que renunciar no início de primeiro mandato traz um prejuízo político grande.

    A seu modo, comedido, o governador paulista se mostrou entusiasmado com a eleição e confiante na candidatura. Ao menos quatro prefeitos até então reticentes saíram de lá decididos a apoiá-lo. Segundo um deles, que não quis ser identificado, seriam os prefeitos de Rio Grande da Serra, São Caetano, Santo André e Mauá.

    Um tucano presente afirmou que era importante testemunhar pessoalmente a disposição de Alckmin, cuja postura se tornou mais incisiva nos últimos 15 dias. O tucano admitiu publicamente o desejo de disputar o Palácio do Planalto em 2018.

    O convite do anfitrião, Orlando Morando (PSDB), prefeito de São Bernardo do Campo (SP), foi feito meses atrás, e havia incômodo entre chefes de Executivos municipais com sua indisponibilidade.

    'ANIMADÍSSIMO'

    Uma vez presente, Alckmin se mostrou "animadíssimo", segundo Morando. Ele repetiu o discurso de que 2018 será a eleição da experiência e da conciliação, marcada mais por figuras e causas do que por partidos –destes, ele disse contar com o apoio do DEM e do PSB, de seu vice, Márcio França. As duas legendas, contudo, não declararam o mesmo publicamente.

    Afirmou que a grande dificuldade será reverter a rejeição da população à política, mas demonstrou algum otimismo ao relatar que espera uma leve melhora na arrecadação no fim deste ano.

    Não foram apenas os prefeitos do ABC que estiveram recentemente com o Alckmin candidato. Sua agenda tem incluído conversas com políticos e economistas.

    Ainda na segunda, o tucano almoçou com cinco deputados "cabeças pretas" do PSDB. Depois esteve com o governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e voltou a defender prévias para a escolha do presidenciável tucano.

    Cotado para assumir a presidência do PSDB, Perillo recebeu apoio de Doria. O governador goiano, contudo, tem dito a aliados que não pretende disputar –assumiria se fosse um nome de consenso. Perillo não quis comentar.

    Nesta terça-feira (29), Alckmin encontrou-se a vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), e com o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, hoje diretor financeiro do Banco Mundial.

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