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    Lava Jato

    Procuradoria-Geral da República denuncia políticos do PP na Lava Jato

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    01/09/2017 20h16 - Atualizado às 21h16

    Sérgio Lima/Folhapress
    BRASÍLIA, (DF), 05-08-2017 Entrevista exclusiva com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, em sua residência, no Lago Sul. Foto: Sérgio Lima/Folhapress ***ESPECIAL***EXCLUSIVA*** ORG XMIT: Sergio Lima
    O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta sexta (1) políticos do PP em um dos inquéritos da Lava Jato.

    Eles são acusados de participar de uma organização criminosa.

    A denúncia é sigilosa e, por isso, não é possível saber quem são os alvos. Há mais de 30 pessoas na lista de investigados.

    De acordo com uma pessoa a par do assunto, a acusação contém informações da delação premiada do ex-deputado e ex-presidente do partido Pedro Corrêa (PE).

    A Folha confirmou que Janot pediu para arquivar a parte relativa a alguns dos investigados.

    O inquérito foi aberto após a primeira "lista de Janot", com o objetivo de apurar se um grupo de políticos do partido atuou na Petrobras para se beneficiar de esquema de corrupção.

    Apelidada de "quadrilhão", a investigação mira um dos núcleos políticos da estatal.

    A investigação foi aberta em março de 2015 para apurar se políticos de diferentes partidos participavam de uma organização criminosa na Petrobras. Foi aberta para investigar 39 pessoas e chegou a ter 66 alvos.

    Depois, esse inquérito foi fatiado e, a partir dele, foram abertos outros três: um para apurar políticos do PT, um com foco no PMDB da Câmara e outro no PMDB do Senado.

    Todos estão em fase de conclusão, apurou a reportagem.

    A expectativa é que Janot ofereça denúncia nesses casos antes de deixar o cargo, em 17 de setembro.

    De acordo com a PGR, os partidos se dividiram para lotear cargos e fazer esquemas de superfaturamento em diferentes diretorias da Petrobras. Os partidos negam as acusações.

    Segundo a investigação, o PP atuava na de Abastecimento, liderada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e tinha como operador o doleiro Alberto Youssef. Eles foram os primeiros delatores da Lava Jato.

    "Como visto, a indicação de determinadas pessoas para importantes postos chaves do ente público, por membros dos partidos, era essencial para implementação e manutenção do projeto criminoso", escreveu Janot ao pedir o fatiamento do inquérito, em 2016.

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