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    Sem vaias nem aplausos, Temer participa de desfile do 7 de Setembro

    TALITA FERNANDES
    ANGELA BOLDRINI
    BRUNO BOGHOSSIAN
    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    07/09/2017 09h18 - Atualizado às 11h25

    Após duas horas, o desfile da Independência realizado nesta quinta-feira (7) com a presença do presidente Michel Temer terminou sem registro de vaias ou protestos.

    Ao lado de Temer, na tribuna de autoridades, estavam a primeira-dama Marcela Temer, o filho Michelzinho, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

    Assim como no ano passado, Temer dispensou a tradicional faixa presidencial e o carro aberto.

    Também estavam na cerimônia os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Torquato Jardim (Justiça), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Fernando Bezerra Coelho (Minas e Energia), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

    Segundo estimativa da Polícia Militar e Exército, cerca de 20 mil acompanharam o desfile na Esplanada. O número é pouco menor do que o esperado pela Defesa –de 25 mil a 30 mil pessoas.

    Embora aparentemente cheias, porém, algumas das arquibancadas instaladas para o evento ainda tinham espaços vazios. Na tribuna destinada a militares, por exemplo, era possível ver cadeiras desocupadas.

    O desfile contou com apresentações de estudantes das escolas públicas, que apresentaram músicas como "Sorte Grande", (de Ivete Sangalo) "Não Quero Dinheiro" (Tim Maia) e "Além do Horizonte" (Roberto Carlos). O público aplaudiu quando carros da Polícia Federal passaram.

    Nas arquibancadas, o público recebia bandeiras do Brasil. Um segurança do Planalto pediu uma bandeira a crianças de um projeto social que acompanhavam o desfile para levar a Michelzinho, filho de Temer.

    O desfile ocorreu ao mesmo tempo em que executivos da J&F (dona do frigorífico JBS) era esperados para prestar depoimento em Brasília.

    Joesley Batista e Ricardo Saud prestam esclarecimentos sobre acordo de delação premiada firmado no início deste ano.

    Na última segunda-feira (4), Janot anunciou a abertura de uma investigação para apurar possíveis irregularidades nas negociações da colaboração firmada pela JBS com o Ministério Público.

    Em gravação entregue aos investigadores, Joesley mostra possível atuação do ex-procurador Marcello Miller, que atuou na Lava Jato no grupo do procurador-geral, Rodrigo Janot, no acordo de delação.

    A suspeita é que Miller tenha ajudado os executivos a elaborar a proposta de delação, como indica um áudio entregue à PGR na última quinta (31).

    As investigações podem resultar em cancelamento do acordo firmado pelos empresários.

    Marcos Corrêa - 6.set.2017/PR
    Temer na chegada de viagem da China, com Rodrigo Maia
    Temer na chegada de viagem da China, com Rodrigo Maia, na quarta-feira (6)

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