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    Lava Jato

    Ator Ary Fontoura, que vive Lula em filme, diz que ainda admira o petista

    BELA MEGALE
    DE BRASÍLIA

    07/09/2017 16h33

    Ricardo Borges - 8.fev.2017/Folhapress
    RIO DE JANEIRO, RJ, 08.02.2017: FILME-LAVA JATO - O ator Ary Fontoura no set de filmagem do filme sobre a Operação Lava Jato, na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro. A cena gravada é a que o ex-presidente Lula é levado coercitivamente para depor. (Foto: Ricardo Borges/Folhapress)
    Ary Fontoura interpreta o ex-presidente Lula em filme sobre a Lava Jato

    O ator que interpretou o ex-presidente Lula no filme "Policia Federal - A lei é para todos" afirma que ainda tem "certa admiração" pelo petista e que ele "está vivendo seu inferno astral".

    Ary Fontoura entra em cena no momento em que a PF faz uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente e o leva para depor coercitivamente no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

    A cena ocorreu na investigação real.

    "A dificuldade maior é fazer um personagem que está vivo e usar o nome dele. Ainda mais tendo uma certa admiração por ele [Lula], porque, bem ou mal, eu tenho uma admiração pela história dele" disse o ator à Folha durante a pré-estreia do filme em Brasília na noite de quarta (6).

    "É um inferno astral em que ele está. Todos nós temos o nosso céu, o nosso inferno", afirmou Fontoura.

    Fontoura contou que votou em Lula nas duas vezes em que ele se elegeu [2002 e 2006], mas afirma que, depois, "as coisas começaram a degringolar".

    "Votei nele a primeira vez, achei que fez um belíssimo governo e que merecia pela luta árdua que sempre travou. Votei na segunda vez para ver se confirmava. E depois as coisas começaram a degringolar", disse.

    O ator afirmou que tem "bom senso, olhos e ouvidos" e que, por isso, " não admite determinadas coisas", referindo-se a suspeitas de corrupção investigados pela Lava Jato sobre o ex-presidente.

    Questionado sobre as críticas de que o filme traz apenas a perspectiva da Polícia Federal e fatos voltados principalmente à investigação de Lula, ele defendeu a ficção: "É uma trilogia e conta uma história que ainda não terminou".

    Também disse que não tem medo de ser alvo de agressões tanto de apoiadores quanto de críticos do ex-presidente. "Sou um cara da paz e gosto de ouvir o que as pessoas têm a dizer. Minha única torcida é para que o filme ajude no debate".

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