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    Lava Jato

    Janot pede prisão de Joesley, Ricardo Saud e ex-procurador

    LEANDRO COLON
    DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
    BELA MEGALE
    DE BRASÍLIA

    08/09/2017 23h00 - Atualizado às 23h31

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fala sobre uma possível revisão do acordo de delação premiada da JBS, em Brasília
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta (8) um pedido de prisão dos delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud e também do ex-procurador Marcello Miller, segundo a Folha apurou.

    A solicitação de Janot ainda vai ser analisada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte e o responsável pela homologação do acordo de delação dos executivos do grupo.

    O pedido de prisão foi feito após a Procuradoria-Geral da República ouvi-los nos dois últimos dias sobre a gravação em que Joesley e Saud indicam possível atuação de Miller no acordo de delação quando ainda era procurador - ele deixou o cargo oficialmente em 5 de abril.

    Para a equipe de Janot, houve patente descumprimento de dois pontos de uma cláusula do acordo de delação que tratam de omissão de má-fé, o que justificaria rever os benefícios.

    O pedido de Janot está sob sigilo. Não há previsão ainda sobre quando Fachin vai despachá-lo.

    Por causa dessa nova gravação, de 17 de março e com quase quatro horas de duração, Janot anunciou na segunda-feira passada a abertura de investigação para apurar omissão de informações, com ameaça de revisão dos benefícios concedidos, incluindo a imunidade penal.

    Joesley alega que foi apresentado a Miller por Francisco de Assis e Silva, advogado da empresa e também delator, porque estava à procura de alguém para a área de anticorrupção da JBS.

    Os delatores argumentam que apenas consultaram Miller em linhas gerais sobre o processo de delação e que acreditavam que ele já havia saído da PGR.

    O ex-procurador pediu o desligamento do Ministério Público Federal no dia 23 de fevereiro, mas a saída foi oficializada em 5 de abril.

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