• Poder

    Friday, 03-May-2024 04:04:13 -03

    Lava Jato

    'Janot perdeu o senso', diz Jucá sobre segunda denúncia contra Temer

    DANIEL CARVALHO
    TALITA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    14/09/2017 12h37

    Pedro Ladeira - 16.mar.2017/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 16-03-2017, 12h00: O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no senado, durante entrevista à Folha em seu gabinete. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) ***ESPECIAL*** ***EXCLUSIVO***
    Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado

    Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) criticou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira (14), quando ele deve apresentar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

    Jucá, que foi chamado ao Palácio do Planalto no início desta tarde, disse que Janot está desacreditado e ironizou a expectativa de que a denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça tenha como base delação do corretor de valores Lúcio Funaro.

    "O procurador está tão desacreditado.... Ele agora se juntou com o Funaro, a próxima companhia inseparável dele. Talvez vá convidar o Funaro para tomar cerveja lá naquela distribuidora", disse Jucá, em alusão ao encontro entre Janot e o advogado Pierpaolo Bottini, defensor dos irmãos Batista, da JBS.

    Jucá, que já havia se referido a Janot como "líder de facção", disse nesta quinta que ele pode fazer "qualquer tipo de estripulia", pois fica no cargo somente até domingo (17).

    FACTOIDES

    "Acho que o procurador perdeu o senso. Como ele só tem dois dias, pode fazer qualquer tipo de estripulia. Mas acho que a sociedade vai saber julgar o modus operandi. Mais do que isso, a tentativa de criar factoides e, mais que criar factoides, de apagar provas que podem levar a uma investigação mais séria sobre isso", disse Romero Jucá.

    Como a Folha mostrou, Janot concluiu na quarta-feira (13) a nova denúncia contra Temer.

    A Folha apurou que o peemedebista será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

    A peça tem de mais de 200 páginas e a previsão é que seja apresentada até o fim da tarde desta quinta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal).

    Além do presidente, Janot citará a cúpula do PMDB da Câmara, alvo do relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo na segunda (12). Nem todos serão acusados sob a suspeita de mais de um crime.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024