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    Lava Jato

    'Tenho 101% de certeza de que é honesto', diz Maluf sobre Temer

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    27/09/2017 17h15

    Bruno Poletti - 22.out.2015/Folhapress
    O deputado Paulo Maluf (PP-SP), que defende o presidente Temer
    O deputado Paulo Maluf (PP-SP), que defende o presidente Temer

    Na tentativa de barrar nova denúncia contra ele, o presidente Michel Temer iniciou uma aproximação com o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, um dos principais nomes do PP na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

    "Eu tenho 101% de certeza de que ele é honesto. Ele é correto, decente e honesto", disse Maluf sobre o presidente.

    Na terça-feira (26), o peemedebista recebeu o deputado federal no gabinete presidencial, em audiência particular, e, no dia seguinte, o convidou para um almoço no Palácio do Planalto com integrantes da base aliada.

    O afago ao ex-prefeito deve-se à avaliação do Palácio do Planalto de que ele é um dos parlamentares com mais influência na bancada do partido, que detém cinco titulares na comissão parlamentar.

    Em maio, Maluf foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos e nove meses pelo crime de lavagem de dinheiro. Ele recorreu da decisão.

    Procurado pela Folha, o ex-prefeito não quis relatar sobre o que conversou com o presidente, mas disse ter uma "amizade atávica" com o peemedebista.

    'TRANQUILIDADE OLÍMPICA'

    Segundo ele, o presidente está em uma "tranquilidade olímpica" e o que o move na vida pública é o "espírito levantino de fazer o bem ao próximo".

    Na avaliação de Maluf, a denúncia por obstrução judicial e organização criminosa é "vazia" e não se pode no país "trocar de presidente a cada seis meses".

    Além do deputado, Temer tem recebido outros integrantes da CCJ. Na terça-feira (26), ele se reuniu com Gorete Pereira (PR-CE), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Bilac Pinto (PR-MG).

    A ideia é que a romaria continue até a votação final em plenário e se estenda aos parlamentares indecisos. A meta do presidente é conseguir pelo menos 43 votos contra a denúncia na CCJ, número maior que o alcançado no último relatório.

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