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    Battisti pede habeas corpus ao STF para evitar extradição

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    27/09/2017 23h17

    Avener Prado/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 12-03-2015: O italiano Cesare Battisti foi solto no fim da noite desta quinta-feira (12), Cesare saiu acompanhado de seu advogado e do ex-sanador Eduardo Suplicy. O advogado de Battisti, Igor Sant'Anna Tamasauskas, informou que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região aceitou o pedido de liberdade provisória feito pela defesa nesta quinta. A decisão do desembargador federal Cândido Ribeiro determinou "o imediato cumprimento" do pedido liminar de soltura. Na decisão, o desembargador deixou claro que não compete à Justiça Federal modificar decisões tomadas por instâncias superiores. (Foto: Avener Prado/Folhapress, PODER) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    O italiano Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpétua

    Os advogados de Cesare Battisti pediram ao STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus para impedir sua eventual extradição, deportação ou expulsão do Brasil.

    O italiano foi condenado em seu país à prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 70, quando integrava o partido Proletários Armados para o Comunismo, grupo de extrema esquerda.

    Battisti fugiu da Itália e, em 2004, veio para o Brasil. Foi preso em 2007 e em 2009 o STF autorizou a extradição, que foi negada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, no último dia de seu governo.

    De acordo com a defesa de Battisti, há várias tentativas ilegais de remetê-lo para o exterior.

    "Desde 2016, com as mudanças ocorridas no Poder Executivo, os advogados afirmam que há notícias de que o governo italiano pretende intensificar as pressões sobre o governo brasileiro para obter a extradição", informa o STF.

    Nesta semana o jornal "O Globo" noticiou que o governo da Itália apresentou pedido para que o presidente Michel Temer reveja a decisão de Lula.

    Em 2015, Battisti casou com uma brasileira

    O casal tem um filho "que depende econômica e afetivamente dele, o que impede a sua expulsão", afirma a defesa.

    O relator do caso é o ministro Luiz Fux.

    Não há prazo para Fux decidir sobre o caso.

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