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    Impopular, PMDB atrai nomes com promessa de fundo e tempo de TV

    DANIEL CARVALHO
    DE BRASÍLIA

    01/10/2017 02h00

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O senador Romero Jucá (PMDB-RR) durante sessão plenária do Senado Federal, em Brasília (DF). Filhos do parlamentar foram alvos hoje da Operação Anel de Giges, da Polícia Federal
    O senador Romero Jucá (PMDB-RR) durante sessão plenária do Senado Federal, em Brasília.

    O PMDB vem passando por um processo de engorda para as eleições de 2018 apesar dos altos índices de impopularidade do presidente Michel Temer e de ser um dos principais alvos da Lava Jato.

    Com as maiores bancadas da Câmara (61 deputados) e do Senado (23 senadores), o partido tem como atrativos dois pontos importantes para o ano que vem: grandes fundo partidário e tempo de TV.

    Além disso, se a Câmara e o Senado aprovarem nesta semana a proposta de reforma política do deputado Vicente Cândido (PT-SP), o PMDB terá a maior parcela do fundo eleitoral, cerca de R$ 275 milhões, para financiar as campanhas.

    Dirigentes do partido não falam em números, mas, a um ano da disputa, as negociações se intensificam.

    A maioria das mudanças de legenda ocorrerá somente em março, quando fica aberta a janela eleitoral para troca de partidos.

    A disputa por nomes da ala governista do PSB com o DEM é apenas a frente mais visível da atuação peemedebista.

    O partido de Temer já venceu a primeira batalha e levou o senador Fernando Bezerra Coelho, antes filiado ao PSB de Pernambuco.

    O anúncio da mudança gerou atrito entre aliados de Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que acusou o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) de atuarem para enfraquecer o DEM.

    A ida do senador leva ao partido também três deputados estaduais, três federais e alguns prefeitos.

    A conta inclui seus dois filhos que estão na política, o prefeito de Petrolina (PE), Miguel Coelho, e o ministro Fernando Filho (Minas e Energia), que deve disputar o governo de Pernambuco.

    Outro que está em negociação avançada com o PMDB é o líder do governo no Congresso, o deputado André Moura (PSC), que deve ficar com o comando do partido em Sergipe e disputar o Senado no ano que vem.

    Na última semana, surgiu a especulação de que o ministro tucano Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) pode disputar o Senado pela sigla, assumindo o comando do PMDB na Bahia, antes nas mãos de Geddel Vieira Lima, preso depois que a Polícia Federal apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento.

    Irmão de Geddel, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) não fala sobre o assunto.

    Imbassahy nega haver qualquer tipo de negociação.

    Uma liderança do partido afirma que este não é o momento para se fazer qualquer movimento na Bahia.

    ESTADOS

    Peemedebistas dizem que Jucá espera fazer oito governadores nas eleições do ano que vem, um a mais que a legenda tem hoje –Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe e Tocantins.

    Correligionários de Jucá estimam que o partido terá algo em torno de 15 candidatos.

    Veem possibilidades de candidaturas em Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Norte, Maranhão, Amazonas e Pará.

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