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    Pessimismo do brasileiro com a situação econômica se mantém

    DE SÃO PAULO

    02/10/2017 02h00

    Leonardo Benassatto - 16.ago.2017/Reuters
    Brazil's President Michel Temer reacts as he makes a presentation to investors at Santander bank in Sao Paulo, Brazil, August 16, 2017. REUTERS/Leonardo Benassatto ORG XMIT: SAO201
    O presidente Michel Teme durante evento em São Paulo

    O pessimismo do brasileiro em relação à situação da economia se manteve em patamares altos, segundo a pesquisa do Datafolha.

    A despeito de alguns sinais positivos —como a redução, no começo de setembro, da taxa básica de juros pelo Banco Central para 8,25%, a menor desde o início de julho de 2013—, permanece baixa a expectativa acerca do fim da crise, que se intensificou a partir de 2015.

    Segundo a pesquisa Datafolha, 34% acreditam que a situação econômica do país irá piorar (eram 31% em abril). Em situação de empate técnico, 35% veem tudo permanecer como está (o mesmo índice da sondagem anterior).

    Os que esperam por melhoras na economia somam 28% (31% em abril).

    Na opinião da maioria (56% agora, 55% antes), a inflação irá aumentar. A trajetória dos índices inflacionárias, no entanto, está em queda, e as previsões do mercado são de um patamar de cerca de 3% para 2017, ou menos.

    Expectativa de inflação

    Mesmo assim, creem na queda dos preços apenas 11% dos entrevistados, contra 14% de antes.

    Na mesma tendência, aposta-se em uma alta no desemprego (53%, ante 54% em junho), embora o mercado lentamente esteja reagindo. Na última sexta (29), foi divulgado que a taxa de desemprego recuou para 12,6% no trimestre encerrado em agosto, ante 13,3% do período anterior.

    Há um pouco mais de otimismo quando os entrevistados tratam das próprias finanças. Nesse caso, 44% contam com melhorias nos próximos meses; 17% com piora; e 36% avaliam que não haverá mudanças. Em abril, tais índices eram de, respectivamente, 45%, 18% e 34%.

    Num quadro mais amplo, o brasileiro está um pouco mais confiante –ou um pouco menos descrente.

    Em comparação com a pesquisa de dezembro de 2016, a expectativa de aumento da inflação recuou dez pontos percentuais (era 66%); a de incremento do desemprego caiu 14 pontos (era 67%); e a de queda do poder de compra regrediu 18 pontos (era 59%).

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