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    'Poderia ter 40%', diz Lula sobre resultado de pesquisa

    DO RIO

    02/10/2017 20h39

    Jorge Araujo - 21.set.2017/Folhapress
    O ex-presidente Lula durante evento do PT em São Paulo
    O ex-presidente Lula durante evento do PT em São Paulo

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (2) que seu resultado na pesquisa Datafolha de intenção de voto para a disputa presidencial de 2018 poderia ser melhor.

    "Eles sabem que a pesquisa mentiu, porque colocaram uma pessoa com um percentual na pesquisa só para tirar voto meu. Eles sabem que eu poderia ter 40", afirmou Lula na abertura do 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), no Terreirão do Samba, no centro do Rio.

    Pesquisa Datafolha publicada no fim de semana aponta que, a um ano das eleições de 2018, o ex-presidente mantém a liderança na corrida presidencial com vantagem expressiva sobre os principais adversários. O petista obteve 36% ou 35% das intenções de voto, dependendo do cenário.

    Entre os concorrentes desses cenário, não há nenhum que cogite retirar a candidatura para apoiar o petista.

    Editoria de Arte/Folhapress
    SIMULAÇÕES DE 1º TURNO, EM % Cenários de intenção de voto para a Presidência mostram a liderança de Lula 1 outubro de 2017
    Editoria de Arte/Folhapress
    Simulações de 2º Turno, em % Datafolha

    PRISÃO

    Ele também comentou pesquisa do Datafolha em que 54% dos entrevistados afirmam que os fatos revelados pela Lava Jato são suficientes para justificar a prisão do petista.

    "A Folha de S.Paulo faz uma pesquisa com a seguinte frase: 'Você acha que, depois de todas as denúncias da Lava Jato, o Lula deveria ser preso?'. 56% [na verdade 54%] dizem que eu deveria ser preso. Mas a pergunta não é essa. A pergunta é saber quem faz as denúncias da Lava Jato. É a Rede Globo de televisão", disse o ex-presidente.

    O ex-presidente voltou a criticar "a elite que está governando" o país, e atacou as medidas do governo Michel Temer.

    "O que está aí não é governo. O que está aí não foi eleito. Mas mesmo um golpista com dignidade não estaria vendendo o futuro do país", disse Lula.

    Ele defendeu um "referendo revogatório" para derrubar "essas safadezas", citando a privatização da Eletrobrás e a reforma trabalhista.

    "Tenho consciência do que eu fiz e o que deixei de fazer. Se eu voltar, vou fazer muito mais do que fiz antes", afirmou ele.

    Os ataques de Lula miraram até o presidente norte-americano, Donald Trump. Ele o criticou por cogitar uma ação militar na Venezuela.

    "Quem decide o destino da Venezuela é o povo da Venezuela. Venezuela tem o direito de decidir livremente, dentro do seu território, o que devem fazer. E não é o tal do Trump que vai dizer. Ele deveria cuidar um pouco mais dos Estados Unidos para não acontecer a tragédia que aconteceu ontem. Se tivesse preocupado com o povo americano, possivelmente coisas como essa não acontecessem", afirmou.

    Lula abraçou um representante do governo venezuelano no palco. "Mande um abraço ao presidente Maduro."

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