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    Políticos rivais no Nordeste se unem para 2018

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    15/10/2017 02h00

    Marlene Bergamo/Folhapress
    PODER - No sexto dia da Caravana Pelo Brasil, o ex Presidente Lula chega em Penedo, Alagoas, e e recebido pelo Senador renan Calheiros e pelo Governador Renan Filho, 22/08/2017 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017 -
    O senador Renan Calheiros, na foto em viagem com Lula; alagoano se aproxima de Teotônio Vilela (PSDB)

    Faltando pouco menos de um ano para as eleições estaduais, adversários começam a negociar possíveis alianças para 2018 em pelo menos quatro Estados do Nordeste.

    Resultado de um cenário político de incertezas, as movimentações resultariam em acordos do tipo "ganha-ganha" entre os adversários.

    Rompidos desde as eleições de 2014 no Ceará, o senador Eunício Oliveira (PMDB) e irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT) ensaiam uma reaproximação.

    O movimento é estimulado pelo governador cearense Camilo Santana (PT), que já desenha uma chapa na qual ele disputa a reeleição com Cid e Eunício disputando do Senado.

    Caso a aliança se concretize, Camilo tiraria Eunício da disputa pelo governo. Ambos concorreram no segundo turno em 2014, numa campanha agressiva marcada pela troca de ofensas e acusações.

    Eunício, por outro lado, teria um caminho mais tranquilo para garantir a reeleição no Senado. Um novo mandato garantiria foro privilegiado ao peemedebista, investigado na Operação Lava Jato.

    INIMIGO DO INIMIGO

    Em Pernambuco, o PSB do governador Paulo Câmara ensaia uma aproximação com o PT na linha "inimigo do meu inimigo é meu amigo".

    Os dois partidos fazem oposição ao governo Temer, posicionamento que acirrou-se entre os socialistas a ida do senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho do PSB para o PMDB.

    Em Alagoas, políticos locais relatam um a possível reaproximação entre o senador Renan Calheiros (PMDB) e o ex-governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) –ambos investigados na Lava Jato.

    Uma nova aliança entre ambos seria um revés para o grupo do prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB), considerado o adversário mais forte para enfrentar o governador Renan Filho (PMDB).

    No Piauí, o governador Wellington Dias (PT) e o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), ensaiam uma improvável aproximação.

    Potencial adversário de Dias, Firmino descarta disputar o governo e focará nas pretensões políticas de sua mulher Lucy Silveira. Ela trocou o PSDB pelo PP, partido da base do governador petista, e pode ser candidata a deputada ou até a vice-governadora.

    A proximidade entre Wellington Dias e Firmino Filho é notória. Em maio deste ano, o tucano participou do congresso estadual do PT.

    Veja as candidaturas a governador discutidas para as eleições de 2018

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