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    Lava Jato

    'Até quando vão me perseguir?', diz Lula em discurso para militantes

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    16/10/2017 18h48

    Ricardo Stuckert
    Reunião de Lula com militantes da Macro Alto Tietê do PT-SP em Ferraz de Vasconcelos. Fotos Ricardo Stuckert ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Ex-presidente Lula se reúne com militantes em Ferraz de Vasconcelos, nesta segunda (16)

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma operação de busca e apreensão na casa de seu filho adotivo, Marcos Cláudio, para sustentar a tese de que é vítima de perseguição.

    Ao discursar para militantes petistas em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), Lula disse ainda que o delegado responsável pela ação deveria lhe pedir desculpas.

    Na manhã da terça-feira (10), o delegado da Polícia Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galaz­zo, comandou a operação, alegando ter recebido denúncia sobre existência de armas e drogas no endereço.

    Saiu de lá com DVDs e computadores. A juíza que autorizou a ação, Marta Pistelli, afirmou depois que o pedido da Polícia Civil não identificava nome do morador e que policiais foram a dois endereços, quando ela havia autorizado só um.

    "Invadiram a casa do meu filho. O delegado mentiu. Disse que na casa tinha muita arma e drogas. Ele não teve coragem, a hombridade, de pedir desculpas", discursou Lula.

    E perguntou: "Até quando eles vão me perseguir?"

    O ex-presidente afirmou que "fazem uma confusão" para evitar sua candidatura à Presidência. Ele lembrou a operação realizada em sua própria casa para dizer que reviraram o colchão onde dorme. Mas não encontraram provas contra ele.

    "Quero provas. Sou investigado há três anos. Já encontraram dinheiro do Aécio, do Serra, do Geddel, do Temer. Quero ver que eles encontrem dinheiro. Já invadiram a minha casa, a casa dos meus filhos. Todos eles com a máquina fotográfica no peito. Levantaram o colchão onde eu durmo, pensando que tinha dólar, ouro e joia. Se não encontraram nada, deviam ter a humildade de pedir desculpas ao Lula e ao povo brasileiro".

    Ao lado de seu preferido para a disputa pelo governo de São Paulo, o ex-ministro Luiz Marinho, Lula disse ainda que se dedicará à eleição em São Paulo. Ele criticou o prefeito João Doria e os tucanos.

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