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    PSL vai ao STF contra fundo público eleitoral

    DE SÃO PAULO

    17/10/2017 17h47

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, durante votação de proposta da reforma política no começo do mês
    Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, durante votação de proposta da reforma política no começo do mês

    O PSL (Partido Social Liberal) protocolou nesta terça (17) no STF uma ação direta de inconstitucionalidade contra o fundo público eleitoral aprovado pelo Congresso no começo do mês. A ação é assinada pelo advogado Modesto Carvalhosa.

    Estima-se que cerca de R$ 2 bilhões serão distribuídos aos partidos em 2018 para financiar as campanhas eleitorais.

    Esse ponto foi o principal objetivo da reforma política debatida no Congresso. Os partidos afirmam não ter como bancar as campanhas desde que o Supremo Tribunal Federal proibiu, em 2015, que as empresas continuassem a financiar o mundo político.

    O PSL argumenta que a única forma de financiamento público prevista na Constituição é o fundo partidário (hoje próximo a R$ 1 bilhão ao ano).

    Qualquer outra fonte de recursos estatais, diz o texto, só poderia ser criada por meio de emenda constitucional - o que exigiria os votos de 3/5 da Câmara e do Senado.

    O novo fundo, no entanto, foi aprovado por lei ordinária, que demanda apenas a maioria simples das casas. Dessa maneira, o partido defende que o dispositivo é inconstitucional e deveria ser suspenso.

    A ação alega ainda que as campanhas serão abastecidas com recursos tirados de áreas como educação, saúde, saneamento básico e habitação.

    "O cidadão brasileiro não aguenta mais ser obrigado a financiar políticos e partidos que ele sequer confia. Precisamos inverter a lógica de poder, fazendo com que os políticos é que sejam obrigados a se submeter ao crivo dos cidadãos na busca por financiamento", afirma Rodrigo Marinho, coordenador jurídico do PSL.

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