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    Lava Jato

    Na volta ao Senado, Aécio diz não sentir 'ódio ou rancor' e ataca PGR

    TALITA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    18/10/2017 17h53

    Um dia depois de o plenário do Senado ter devolvido seu mandato, Aécio Neves (PSDB-MG) voltou nesta quarta-feira (18) ao Congresso, após ter passado 21 dias fora. O tucano chegou acompanhado de assessores e entrou pelo cafezinho, evitando chamar a atenção de curiosos e da imprensa.

    Em seu primeiro discurso, Aécio disse não voltar "com rancor ou ódio".

    Por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), ele estava afastado do mandato e proibido de deixar sua residência à noite durante esse período.

    Aécio chegou apenas quando a sessão do plenário já havia começado. Ele esperou ser informado de que o salão estiva cheio para deixar sua residência no Lago Sul em direção ao Senado.

    Não houve nenhuma manifestação entre os senadores sobre a entrada do tucano. Ele foi anunciado pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que em seguida lhe concedeu a palavra.

    O tucano repetiu em seu discurso, que durou dois minutos, as mesmas palavras ditas por meio de nota divulgada na terça-feira (17) por sua assessoria.

    Ele se disse "vítima de uma ardilosa armação, criminosa armação perpetrada por empresários inescrupulosos que enriqueceram às custas de dinheiro público e que não tiveram qualquer constrangimento em acusar pessoas de bem na busca dos benefícios de uma inaceitável delação".

    O tucano atacou a delação da JBS, que disse estar suspensa "em razão de parte da verdade estar vindo à tona". E dirigiu críticas ainda à gestão anterior da PGR (Procuradoria-Geral da República), evitando citar nomes. "Mas o que é mais grave, corroboraram, contribuíram para essa trama ardilosa homens do Estado, notadamente alguns que tinham assento até muito pouco tempo na Procuradoria-Geral da República".

    Aécio se disse ainda vítima de ataques "dos mais vis e graves nos últimos dias".

    Ele é alvo de denúncia pela PGR pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Aécio foi gravado em março pelo empresário e delator Joesley Batista, da JBS, a quem pediu R$ 2 milhões.

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