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    ANJ vê queda nos ataques à liberdade de expressão no Brasil

    DE SÃO PAULO

    19/10/2017 19h21

    Reprodução
    Ricardo Pedreira, diretor-executivo da ANJ
    Ricardo Pedreira, diretor-executivo da ANJ

    A Associação Nacional de Jornais (ANJ) apresentou seu relatório sobre liberdade de expressão, com dados até setembro de 2017, que apontam para uma queda ampla nos ataques a jornalistas e publicações no Brasil, nas várias faixas do levantamento.

    Enquanto 2015 e 2016 registraram sete e três assassinatos de jornalistas, respectivamente, em 2017 ainda não houve caso nenhum.

    E foram reduzidas as agressões, de 45 em 2016 para nove até setembro de 2017; os atentados e ataques, de 12 para um; os insultos e intimidações, de 17 para dois.

    Para o diretor-executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, a queda reflete em parte "a diminuição das manifestações que vinham acontecendo nos últimos anos, em que os jornalistas acabavam sendo vítimas, tanto da parte dos manifestantes como de policiais".

    ANO ELEITORAL

    Por outro lado, se houve também redução nos casos de censura judicial, de quatro em 2016 para um em 2017, o temor é de que voltem a crescer em 2018, devido ao ano de eleição, segundo Pedreira. Em 2014, na última campanha presidencial, foram oito.

    "De forma equivocada, alguns juízes de primeira instância concedem, quando candidatos recorrem ao Judiciário pedindo que uma informação não saia", diz ele. "São decisões inconstitucionais e acabam sendo revogadas, mas, por menor que seja o período em que vigorem, está se atentando contra o direito de informar e ser informado."

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