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    Lava Jato

    Em contraposição a Tasso, Perillo diz que é candidato à presidência do PSDB

    TALITA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    19/10/2017 23h17

    Alan Marques - 9.nov.2016/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 09.11.2016. O governador de Goiás, Marconi Perillo, participa da cerimônia de lançamento do Cartão Reforma, no Palácio do Planalto.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O governador de Goiás, Marconi Perillo, em cerimônia no Palácio do Planalto

    O governador de Goiás, Marconi Perillo, confirmou à Folha na noite desta quinta-feira (19) que será candidato à presidência do PSDB, em dezembro.

    "Estimulado por vários seguimentos e pelo trânsito que eu tenho no partido, eu estou assumindo que serei candidato a presidente do PSDB", disse o tucano.

    Embora seu nome venha sendo apontado como candidato ao comando do partido desde o primeiro semestre, esta é a primeira vez que Perillo admite que disputará o cargo.

    O anúncio acontece em meio à pressão para que o senador Aécio Neves (MG) renuncie definitivamente à presidência do PSDB. Ele está licenciado do cargo desde maio, quando foi afastado do mandato pela primeira vez, por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

    O movimento que pede a renúncia do senador mineiro é liderado pelo presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE). Na quarta (18), ele afirmou que Aécio "não tem condições" de permanecer no cargo.

    A candidatura de Perillo conta com apoio de Aécio e representa um enfrentamento à ala encabeçada por Tasso, também tido como candidato a seguir no comando do PSDB.

    A declaração de Perillo ocorre no mesmo dia em que ele recebeu em seu Estado o prefeito de São Paulo, João Doria.

    Ambos defenderam nesta quinta que não há necessidade de Aécio renunciar à presidência do partido. Eles argumentam que uma convenção, que elegerá o novo comando do PSDB, está prevista para dezembro.

    Para o governador de Goiás, qualquer antecipação dessa data "é golpe". "Se não for em dezembro é golpe", disse Perillo à Folha.

    DE VOLTA

    Pressionado politicamente, Aécio voltou ao Congresso na quarta, após 21 dias de afastamento do mandato.

    Ele foi autorizado a reassumir as atividades legislativas após o Senado ter rejeitado medidas cautelares impostas a ele pelo Supremo. Ele ficou proibido de atuar como senador e de sair de casa à noite.

    Gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, pedindo R$ 2 milhões, o tucano é alvo de uma denúncia por corrupção passiva e obstrução da Justiça. O tucano nega as acusações.

    A ala do partido que pede sua renúncia afirma que as acusações contra ele comprometem a legenda no cenário que antecede as eleições de 2018.

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