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    Lava Jato

    'Possibilidade de Temer cair é zero ao quadrado', diz deputado em enquete

    IVAN FINOTTI
    ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

    25/10/2017 22h44

    Presidente Temer ou presidente Maia? Qual deles vai governar o país até as próximas eleições, em 2018? Uma enquete-relâmpago, realizada pela Folha nos corredores do Congresso Nacional nesta quarta (25) —enquanto os deputados votavam pela aceitação ou não da denúncia contra Temer—, indica que, adivinhe!, tudo deve continuar como está.

    Dos 32 ouvidos —29 deputados e 3 ex-parlamentares, que, saudosos do clima da casa, vieram acompanhar o dia cheio—, a maioria aposta na permanência de Temer até o fim de seu mandato. Foram 18 votos assim (56%).

    "A possibilidade de Temer cair é zero ao quadrado", resumiu matematicamente Pinheiro Landim (PMDB-CE).

    Mas, segundo 28% desses especialistas, há mais chances de aparecer um terceiro nome do que Temer ficar ou Maia chegar lá: 9 entrevistados apostaram em nenhum dos dois.

    "Acho que vamos ficar sem presidente nenhum", brincou Luiz Mandeta (DEM-MS).

    "Diretas já", bradou Zeca Dirceu (PT-PR). "Aposto no Lula", emendou Patrus Ananias (PT-MG).

    Para Marcelo Aguiar (DEM-SP), "a tendência do Congresso é permanecer com Temer; é o bom senso. Mas, se algo mais contundente aparecer, estaremos em boas mãos com o presidente Maia".

    Já a chance de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), subir o último degrau do poder brasileiro e se tornar chefe da nação parece ser pífia: apenas dois acreditam que isso pode acontecer.

    "Nada contra o colega", disse o deputado Simão Sessim (PP-RJ). "É para não abalar a economia. Mas acredito que, se o Temer for cassado, não fica nem o Maia. Aí teremos diretas já."

    Tanto esta quarta-feira quanto o dia da votação da denúncia anterior contra o presidente, em agosto, foram dias diferentes na Câmara dos Deputados. O acesso ao plenário, por exemplo, estava restrito a apenas dois jornalistas por veículo, enquanto no dias normais podem entrar todos os que têm credenciamento.

    Os servidores da Câmara e do Senado também não tiveram seu acesso normal ao Salão Verde, onde os deputados conversam com a imprensa.
    Era preciso um crachá especial para entrar no prédio, e carros de polícia ficaram com seus luminosos vermelhos ligados o dia inteiro em frente ao Congresso.

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