• Poder

    Tuesday, 07-May-2024 09:58:23 -03

    Aécio prioriza política de Minas para tentar se reerguer

    TALITA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    30/10/2017 02h00

    Fragilizado com as investigações da Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) aposta na política regional para tentar garantir um mandato nas eleições do próximo ano e dedicará as próximas semanas à reestruturação do partido em Minas Gerais.

    O recolhimento antecede a convenção regional do PSDB que, em 11 de novembro, escolherá os presidentes estaduais do partido.

    Aécio quer aproveitar esse período para reestruturar o PSDB mineiro. Depois disso, vê a possibilidade de voltar "com força" à cena nacional.

    Está prevista para 9 de dezembro a convenção da sigla, quando uma nova executiva será eleita. De acordo com um aliado do senador, ao se concentrar em questões regionais, Aécio vai avaliar a força política que possui em seu Estado para decidir se disputará a reeleição no Senado em 2018 ou se optará por concorrer a uma vaga na Câmara. Para esse aliado, "não é o momento de arriscar".

    Assista ao vídeo

    Alvo de nove inquéritos e de uma denúncia, o senador precisa de um mandato para manter foro no STF após 2018, quando termina a legislatura para qual foi eleito.

    O tucano foi gravado em março pelo empresário e delator Joesley Batista, da JBS, a quem pediu R$ 2 milhões. O episódio lhe rendeu acusação de corrupção passiva e obstrução da Justiça.

    Aécio está licenciado da presidência nacional do PSDB desde maio deste ano, quando foi afastado pela primeira vez do mandato. O cargo foi assumido interinamente pelo senador Tasso Jereissati (CE), com quem o mineiro vem se desentendendo.

    Conselheiros de Aécio acreditam que, se montar uma estrutura de apoiadores em Minas, ele terá chance de mostrar força no partido e influenciar a escolha do novo presidente do PSDB.

    Até o momento, apenas o governador de Goiás, Marconi Perillo, oficializou que disputará o cargo.

    O goiano é seu aliado e, assim como Aécio, defende a aliança do PSDB com o governo Temer.

    Tasso nega oficialmente ser candidato, mas vem afirmando nos últimos dias que pode atender a um "apelo" de uma ala do PSDB que pede "mudanças" nos caminhos do partido.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024