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    Lava Jato

    Após recusar convite, braço direito de Janot é convocado pela CPMI da JBS

    CAMILA MATTOSO
    BRASÍLIA

    31/10/2017 11h37

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 28-06-2016, 16h00: O chefe de gabinete do PGR Eduardo Pelella. Seminário Grandes Casos Criminais, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público. O jornalista Sérgio Dávila participa de mesa para debater o papel da imprensa nos casos criminais relevantes. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot

    A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS aprovou na manhã desta terça-feira (31) a convocação de Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

    Pelella havia sido convidado pela comissão, mas mandou uma carta afirmando que não iria por sigilo profissional –ele participou diretamente do processo de delação dos executivos da empresa.

    Os parlamentares não gostaram da resposta e votaram, então, um requerimento de convocação dele como testemunha, que não dá margem para negativas.

    Como justificativa, os parlamentares alegam haver indícios de que Pelella sabia da participação do ex-procurador Marcello Miller no processo de delação premiada da JBS.

    Miller virou protagonista da principal polêmica em torna da colaboração da empresa, suspeito de ter atuado na defesa dos executivos pelo escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe quando ainda tinha cargo no Ministério Público Federal.

    Ele pediu exoneração do posto no início de março, mas sua saída só foi oficializada em 5 de abril, dias depois da assinatura do primeiro termo de confidencialidade entre a empresa e a PGR (Procuradoria-Geral da República).

    À PF, o ex-procurador afirmou à Polícia Federal que ajudou executivos da JBS a elaborar o acordo de colaboração apenas para não ser "descortês". Relatou ainda que fez somente reparos "linguísticos e gramaticais" a uma espécie de esboço do anexo de delação que foi apresentado a ele por Ricardo Saud.

    A polêmica culminou na suspensão dos benefícios concedidos a Joesley Batista e Saud, presos desde o dia 10 de setembro.

    Não há ainda data para o depoimento de Pelella.

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