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    TSE estuda criar grupo para monitorar 'fake news' nas eleições de 2018

    DE BRASÍLIA

    31/10/2017 17h40

    Marcello Casal Jr - 18.jan.2017/Agência Brasil/Folhapress
    O ministro da Defesa, Raul Jungmann
    Ministro Raul Jungmann, que diz que o Exército poderia colaborar no combate às notícias falsas

    O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) discute a formação de um grupo de trabalho destinado a avaliar, durante as eleições de 2018, as chamadas "fake news" (notícias fabricadas e muitas vezes divulgadas sob falsas fachadas de veículos reais) disseminadas na internet, em especial nas redes sociais e aplicativos de mensagem.

    A preocupação do tribunal é com o impacto desse tipo de fraude na definição do voto do eleitor.

    O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à Folha nesta terça-feira (31) que o Exército poderia participar do monitoramento das "fake news" por meio do CCOMGEX (Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército), mas que o assunto é avaliado pela área técnica. O comando é vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia da Força.

    Em nota divulgada à imprensa no último dia 25, o TSE informou que houve a decisão de se criar "grupos de trabalho para analisar medidas de segurança a serem adotadas para garantir a liberdade de voto dos eleitores".

    A decisão foi anunciada após uma reunião entre o presidente do TSE, Gilmar Mendes, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen.

    O tribunal informou na ocasião que deve "fazer convênio com a área de tecnologia do Ministério da Defesa e utilizar outros subsídios para acompanhar o desenrolar do processo".

    Até o momento, contudo, ainda não está definido como seria esse trabalho e que tipo de tecnologia poderia ser utilizado no processo de acompanhamento da disseminação dos textos falsos.

    "Por enquanto, ainda não foram divulgados cronograma e nenhuma ação concreta, uma vez que os grupos estão em fase de formação", informou o tribunal.

    O TSE desenvolveu essa linha de preocupação a partir do impacto das "fake news" em campanhas eleitorais recentes de outros países, como EUA e França. Procurado pela Folha para comentar o assunto, o GSI não havia se manifestado até o fechamento deste texto.

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