Pedro Ladeira - 3.fev.2016/Folhapress | ||
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto |
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Poder
Thursday, 28-Mar-2024 11:49:18 -03Condenação de Vaccari saiu, em 2ª instância, mais rápido que absolvições
JOSÉ MARQUES
DE SÃO PAULO07/11/2017 18h07
O processo que elevou a pena do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi julgado mais rápido pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal) que os dois anteriores contra ele –e que resultaram em absolvição.
Nesta terça (7), a oitava turma da corte, composta por três juízes que analisam processos criminais da Lava Jato, revisou uma condenação de Moro aplicada em fevereiro. O recurso chegou ao TRF no dia 26 de abril.
Vaccari teve a pena elevada de 10 para 24 anos de reclusão. Ele está preso preventivamente e sua defesa afirma que irá recorrer.
Em uma comparação, o processo do tríplex em Guarujá (SP), em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu, chegou ao tribunal de segunda instância em 25 de agosto. Caso a tramitação dure o mesmo tempo que a da ação contra o ex-tesoureiro, o julgamento aconteceria até abril de 2018.
Antes da sentença de fevereiro, Moro havia condenado Vaccari outras três vezes: em setembro de 2015 (a 15 anos e quatro meses), em maio de 2016 (a nove anos) e em setembro de 2016 (a seis anos e oito meses).
O processo de setembro, anterior ao que foi decidido nesta terça, ainda não foi pautado para julgamento pelo TRF-4. Procurado, o tribunal disse que o tempo processual de cada apelação difere a depender da complexidade e do trâmite de cada uma delas.
Atualmente, a ação contra Vaccari que não foi julgada está com o juiz revisor Leandro Paulsen, responsável por propor a data da pauta dos julgamentos criminais da Lava Jato.
O ex-tesoureiro do PT foi absolvido pela turma, pela primeira vez, em junho deste ano. O processo havia chegado ao tribunal em janeiro de 2016 -levou, portanto, um ano e cinco meses para ser julgado.
A segunda absolvição é de 26 de setembro, um ano depois de chegar ao TRF-4. Nas duas decisões, o relator João Pedro Gebran Neto votou por manter a condenação de Vaccari, mas os outros dois juízes entenderam que as acusações nos processos eram baseadas principalmente nas palavras de delatores e que não havia prova material que justificasse condenação.
No último processo, no entanto, o trio entendeu que havia provas suficientes para condená-lo. Também foram mantidas condenações dos marqueteiros Mônica Moura e João Santana.
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