• Poder

    Friday, 29-Mar-2024 04:43:37 -03

    Lava Jato

    Grupo de Cabral monta dossiê contra juiz Bretas, aponta investigação

    DO RIO

    08/11/2017 15h13 - Atualizado às 17h00

    Victor R. Caivano - 18.abr.2012/Associated Press - Urbano Erbiste/Ag.OGlobo
    O ex-governador Sérgio Cabral e o juiz Marcelo Bretas
    O ex-governador Sérgio Cabral e o juiz Marcelo Bretas

    O grupo do ex-governador Sérgio Cabral, do Rio, estaria montando um dossiê contra o juiz Marcelo Bretas, responsável pela operação Lava Jato no Estado, e sua mulher, que também é juíza, aponta investigação sigilosa feita pela Polícia Federal.

    Houve, segundo a polícia, consultas suspeitas a registros de ocorrências contra os dois em ao menos três delegacias no Rio. Os acessos foram feitos após o governador ser preso, em novembro de 2016.

    Também houve consultas no sistema da Secretaria de Segurança Pública por um inspetor da Polícia Civil lotado na 22ª Delegacia de Polícia.

    A informação foi revelada pelo "Jornal Hoje", da TV Globo, e confirmada pela Folha. Além dos acessos, uma denúncia que vem de dentro do presídio onde Cabral está preso, na zona norte do Rio, aponta que o ex-governador estaria financiando a montagem desses dossiês.

    Além de Bretas e a mulher, seriam devassadas as vidas dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Estado.

    Essa denúncia é investigada, mas ainda não há evidência de que o ex-governador tenha feito o pedido da montagem dos dossiês.

    O advogado de Cabral, Rodrigo Roca, afirmou que o caso "é uma mentira criada com nítido propósito de criar intriga entre o ex-governador e o magistrado, para incitá-lo a determinar nova transferência para um presídio federal".

    "Sérgio Cabral nada tem a ver com a consulta noticiada", disse Roca.

    A Polícia Civil afirmou que vai instaurar procedimento administrativo para investigar suposta participação de agentes na confecção do dossiê.

    Marcelo Bretas não quis comentar as investigações.

    Em outubro, Bretas decidiu transferir Cabral para um presidio federal porque, durante audiência na Justiça Federal, o ex-governador fez menção à família do magistrado, que trabalha no ramo de bijuterias.

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, contudo, barrou a transferência.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024