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    Lava Jato

    Cabral pede desculpas a Bretas e nega dossiê; PGR defende transferência

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    08/11/2017 20h08 - Atualizado às 22h55

    Victor R. Caivano - 18.abr.2012/Associated Press - Urbano Erbiste/Ag.OGlobo
    O ex-governador Sérgio Cabral e o juiz Marcelo Bretas
    O ex-governador Sérgio Cabral e o juiz Marcelo Bretas

    Num depoimento com tom mais ameno, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) pediu desculpas nesta quarta-feira (8) ao juiz Marcelo Bretas pela discussão durante interrogatório há duas semanas em audiência.

    Em interrogatório em em ação penal em que é acusado por desvios no setor de saúde, ele negou também ter determinado a fabricação de dossiês contra o magistrado.

    "Jamais faria isso. Acredite na minha índole. É um factoide, um terrorismo feito por alguém maldosamente", disse Cabral.

    O peemedebista também disse que foi "infeliz nas colocações" feitas no último interrogatório. Na ocasião, Cabral mencionou a família de Bretas e disse que o juiz estava usando os processos para se promover.

    "Me exaltei e peço desculpa naquela discussão", disse o ex-governador.

    "Está superado. [...] Não espero que você chegue aqui feliz da vida. O que não afasta o respeito que deve haver, em relação a partir de mim e vice versa", disse Bretas.

    O peemedebista voltou a negar ter recebido propina por contratos na Secretaria de Saúde. Reconheceu mais uma vez que fez uso pessoais de "sobras de campanha de caixa dois".

    TRANSFERÊNCIA

    O depoimento do ex-governador ao juiz Marcelo Bretas foi o primeiro após o magistrado determinar a transferência de Cabral para um presídio federal. A ordem foi derrubada por liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

    Também nesta quarta-feira (8), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a transferência de Cabral para presídio federal.

    Em parecer enviado ao STF, Dodge afirma que "a transferência atende aos requisitos legais e deve ser mantida, como forma de evitar que Cabral exerça sua condição de líder de organização criminosa, com força política e poder de influência no Rio, para obter e gozar de benefícios indevidos e receber informações privilegiadas aptas a causar embaraço ou ameaça às autoridades".

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