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    Em congresso do PC do B, Manuela critica 'profetas do ódio' na eleição

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    17/11/2017 19h08

    A pré-candidata do PC do B à Presidência da República, Manuela D'Ávila, criticou nesta sexta-feira (17) o que classificou como "profetas do ódio" e políticos que buscam explorar eleitoralmente o medo que as pessoas sentem nos grandes centro urbanos.

    Mesmo tendo se recusado a citar nomes, o recado é a Jair Bolsonaro (PSC-RJ), também pré-candidato à Presidência no campo da extrema-direita, que hoje disputa com Marina Silva (Rede) o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.

    Em um discurso no congresso nacional do PC do B, realizado em Brasília neste fim de semana, a pré-candidata também centrou ataques a Michel Temer, afirmando que pretende, se eleita, promover referendos revogatórios da reforma trabalhista e da lei de congelamento dos gastos federais, dois dos principais pilares da atual gestão.

    Jargões da internet, discursos de ódio e propagação do medo não irão salvar os brasileiros, discursou a candidata, que tem 36 anos e hoje cumpre mandato de deputada estadual no Rio Grande do Sul. Ela já foi deputada federal por dois mandatos.

    Segundo Manuela, o combate à violência nos grandes centros passa por aumento no investimento em segurança pública e educação, entre outros pontos. A deputada disse que no decorrer da campanha a população exigirá propostas concretas, o que levará necessariamente ao "derretimento" de concorrentes que buscam usar o "medo e o ódio" como propulsores eleitorais.

    Em sua fala, a pré-candidata também criticou candidaturas outsiders, mas, mais uma vez, não quis citar nomes –o apresentador da TV Globo Luciano Huck é um dos que, de fora da política, avalia o ingresso na corrida presidencial de 2018.

    Ela também esboçou propostas econômicas para uma eventual gestão: juros mais baixos, nova política industrial, valorização da produção nacional e maior investimento em infraestrutura e moradia popular, entre outros pontos.

    Manuela voltou a defender a necessidade em 2018 da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, partido historicamente aliado do PC do B. Mas negou que sua postulação esteja vinculada aos planos eleitorais do PT.

    Lula foi convidado a ir ao evento do PC do B, que se estende por todo o fim de semana, mas sua assessoria disse que ele não irá. Outro convidado foi o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), também pré-candidato ao Palácio do Planalto.

    Caso se confirme, a candidatura presidencial de Manuela D'Ávila será a primeira do PC do B no atual período democrático do país.

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