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    Lava Jato

    Moro aceita aditamento de denúncia contra Duque

    ANA LUIZA ALBUQUERQUE
    DE CURITIBA

    03/12/2017 20h11

    Marcelo Camargo - 19.mar.2015/Agência Brasil
    Ex-diretor da Petrobras, Renato Duque depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na estatal Data: 19/03/2015 Foto: Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
    Ex-diretor da Petrobras, Renato Duque depõe em CPI que investigava irregularidades na estatal

    O juiz Sergio Moro aceitou pedido do Ministério Público de aditamento de denúncia contra Renato Duque, ex-diretor da Petrobras. O requerimento se deu após envio de provas de Liechtenstein, país europeu, à Procuradoria. Isso significa que Duque agora responde a nova acusação de lavagem de dinheiro.

    O ex-diretor é um dos réus no processo que investiga o pagamento de vantagens indevidas em contratos do estaleiro Jurong com a Sete Brasil, para fornecimento de sondas para a Petrobras. Segundo a denúncia, Guilherme Esteves de Jesus, representante comercial do Jurong, teria intermediado o pagamento da propina.

    Em resposta a pedido de cooperação internacional, a Procuradoria recebeu documentação bancária das autoridades de Liechtenstein, que indicaram três transferências de conta controlada por Guilherme de Jesus para conta suíça de propriedade de Duque. No total, teriam sido repassados mais de 4 milhões de dólares.

    Na denúncia inicial, Guilherme de Jesus era acusado de pertinência a organização criminosa, corrupção ativa (sete vezes) e lavagem de dinheiro (sete vezes). Duque respondia por corrupção passiva (sete vezes).

    Com o aditamento, além das imputações anteriores, Duque passa a responder por três crimes de lavagem de dinheiro (número de transferências efetuadas) e Guilherme, por dez.

    Em maio, Duque prestou depoimento a Moro em outro processo. Na ocasião, contou como era feito o acerto de propina com os estaleiros –segundo ele, o valor era fixado em 1% sobre o valor do contrato, com exceção dos estaleiros Keppel e Jurong, que pagariam 0,9%.

    Ainda segundo o ex-diretor, metade da propina ficaria para executivos da Petrobras e da Sete Brasil e a outra metade para o PT. Ele está negociando um acordo de delação.

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