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    Lava Jato

    Relator conclui voto sobre condenação de Lula na Lava Jato

    ANA LUIZA ALBUQUERQUE
    DE CURITIBA

    04/12/2017 10h43 - Atualizado às 15h20

    O juiz federal João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato na segunda instância, concluiu nesta sexta-feira (1) seu voto no julgamento que pode tornar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inelegível. O processo foi encaminhado para o revisor, o juiz Leandro Paulsen.

    Na média, os processos demoraram 102 dias desde a conclusão do voto do relator até o julgamento. Caso o processo de Lula siga este passo, pode-se esperar o julgamento para a metade de março.

    Cabe à segunda instância confirmar a condenação ou absolver o ex-presidente. Se o tribunal condená-lo antes das eleições de 2018, Lula ficará de fora da corrida, devido à Lei Ficha Limpa.

    A conclusão do voto do relator se deu exatamente 100 dias após a ação chegar ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região.

    O processo de Lula tem caminhado com celeridade. Na média, as ações demoraram 210 dias desde a chegada ao tribunal até o voto do relator. Apenas quatro levaram menos de 100 dias.

    Conforme noticiou a Folha, o recurso de Lula foi o que chegou mais rápido à segunda instância, entre todas as apelações da Lava Jato.

    Ainda não é possível saber o conteúdo do voto de Gebran, sigiloso até a data do julgamento. Depois que Paulsen preparar seu voto, o processo será encaminhado para o terceiro membro da corte, o juiz Victor Laus. Então, só quando Laus tiver finalizado seu voto, o julgamento será marcado.

    TRÍPLEX

    Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro em julho deste ano a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). O petista não foi preso –só poderá cumprir pena caso o TRF-4 ratifique a decisão.

    Na ação do tríplex, Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras.

    O valor, segundo a Procuradoria, se referia à cessão pela OAS do apartamento ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial.

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