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    Após desistir de disputar Presidência, Luciano Huck faz aceno a Marina

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    05/12/2017 21h27

    O apresentador de TV Luciano Huck disse à Folha que pesou em sua decisão de não disputar a Presidência o escrutínio público. "É muito violento", afirmou nesta terça-feira (5).

    Perguntado se apoiaria Geraldo Alckmin eleição de 2018, Huck o elogiou, mas citou espontaneamente Marina Silva (Rede).

    O apresentador é um dos homenageados do evento Brasileiros do Ano, da revista "Istoé", em São Paulo. No palco com o presidente Michel Temer, os ministros Antonio Imbassahy e Moreira Franco, o prefeito João Doria e outros políticos, Huck voltou a defender renovação.

    "Acho injusto o Brasil ter que escolher entre o sujo e o mal lavado", discursou.

    *

    Folha - Disseram que sua desistência de se candidatar foi estratégica para depois voltar.

    Luciano Huck - Não, não. Fui super transparente no que escrevi. É o que de fato eu acredito neste momento. Vou e quero participar desse momento de renovação. Deixei isso claríssimo. Conectado aos movimentos cívicos, podendo mostrar que a gente tem que tratar a política como uma coisa importante. A gente formou quadros importantes para todo o setor privado e a gente esqueceu de formar bons quadros para a política. Então eu acho que a gente tem que tratar a política com P maiúsculo no sentido de realmente seduzir do lado positivo que novas cabeças se aproximem e que a gente tenha orgulho da nossa classe política no futuro.

    Tudo indica que Alckmin será o candidato do PSDB. Você cogita apoiá-lo?

    Acho que a situação está muito indefinida ainda. Acho que o Alckmin, na presidência do PSDB e pelo jeito que ele se posicionou, acho que provavelmente vai ser o candidato do PSDB, acho que é uma opção boa de centro, como acho que a Marina também é uma boa opção. Acho que a gente tem que esperar. Por incrível que pareça, está muito perto e muito longe ao mesmo tempo.

    Pesou na sua decisão a devassa que um candidato a presidente sofre em sua vida pessoal?

    Sim e não. A gente está tão machucado em relação à política no Brasil como cidadão e como imprensa, que a tendência natural é você tentar desconstruir a identidade das pessoas ao invés de tentar construir as virtudes. Para quem não está nesse universo, é muito violento. Não que isso tenha sido fator determinante na decisão, mas sem dúvida nenhuma passa por isso também.

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