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    Arthur Virgílio é denunciado sob acusação de omitir imóveis da Justiça Eleitoral

    FABIANO MAISONNAVE
    DE MANAUS

    07/12/2017 17h30

    Reinaldo Canato - 27.nov.2017/Folhapress
    O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio (PSDB)
    O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB)

    Pré-candidato tucano à Presidência, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, foi denunciado nesta quinta-feira (7) pelo Ministério Público Federal sob acusação de ter ocultado da Justiça Eleitoral dois apartamentos de luxo, avaliados em R$ 1,6 milhão.

    De acordo com o MPF, Virgílio Neto declarou apenas R$ 160.784,29 em 2016, quando foi reeleito prefeito. Seu patrimônio listado foram um imóvel de R$ 36 mil e aplicações bancárias.

    A denúncia à Justiça Eleitoral afirma que documentos comprovam que os imóveis são do prefeito. O MPF sustenta que a omissão foi deliberada, já que ele publicamente negou ser o proprietário durante a campanha em 2016, quando a existência dos apartamentos foi revelada pelo jornal "A Crítica".

    Durante a campanha, Virgílio Neto alegou que os imóveis, localizados na Ponta Negra, área nobre da cidade, haviam ficado com a ex-mulher, de quem se separou recentemente.

    Para o MPF, a omissão teve fins eleitorais, pois ele usou valor baixo do patrimônio declarado para criar a imagem de "uma pessoa que não veio à política para buscar enriquecimento". A pena prevista por omitir bens à Justiça Eleitoral é de prisão por até cinco anos e multa.

    Em nota, a assessoria de Virgílio informou que a declaração de bens foi corrigida no Tribunal Regional Eleitoral em outubro de 2016, "tão logo o equívoco foi identificado".

    O prefeito anunciou recentemente a intenção de disputar a Presidência pelo PSDB. Ele defende a realização de prévias e de debates públicos com o governador paulista, Geraldo Alckmin.

    No ano passado, Virgílio apareceu na delação premiada da Odebrecht com o apelido de "kimono" –ele praticou jiu-jítsu na juventude. Ele teria recebido R$ 300 mil. O tucano afirma que a doação da empreiteira foi feita de forma legal em 2010 e que ele não responde a nenhum processo sobre o repasse.

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