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    Lava Jato

    Temer 'inventou doença' da corrupção para anestesiar povo, diz Lula no Rio

    CATIA SEABRA
    ENVIADA ESPECIAL AO RIO

    09/12/2017 00h40

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou, na noite de sexta-feira (8), sua caravana pelos Estados do Espírito Santo e do Rio com duros ataques à Lava Jato e ao presidente Michael Temer.

    Para uma plateia de estudantes que lotaram a concha acústica da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), com 2.000 assentos, Lula se comparou ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, que foi acusado de ter um apartamento na avenida Vieira Souto, no bairro carioca de Ipanema –o imóvel nunca foi localizado.

    Tanto à noite como pela manhã, Lula afirmou que "estamos entorpecidos", sem reação à reforma trabalhista implementada pelo governo Temer.

    Para aplicar essa anestesia, afirmou Lula, "inventaram uma doença", a corrupção.

    Aos estudantes, ele disse também que os delatores da Lava Jato têm vida nababesca. Após perguntar por onde estariam os delatores, Lula acrescentou: "Estão com vida de nababo, comemorando, fumando charuto cubano, tomando conhaque. Sabe quem está fodido? O povo trabalhador", disse.

    No encerramento, o petista afirmou ainda que Temer é um instrumento do capital financeiro, sendo capaz de fazer aquilo que FHC prometeu, mas "não teve coragem de fazer": acabar com a CLT.

    Na viagem ao Rio, ele aproveitou também para dar um empurrão em seus dois candidatos no Estado: o ex-ministro Celso Amorim, para o governo, e o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (reeleição).

    Apontado como um possível plano B petista caso Lula seja impedido de disputar, o ex-prefeito Fernando Haddad participou dos atos com estudantes.

    Nos discursos, Lula avisou: "Eu voltei à ativa".

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