• Poder

    Monday, 29-Apr-2024 07:02:08 -03

    Arthur Virgílio desafia Alckmin, diz querer prévias no PSDB e ironiza vaias

    DANIEL CARVALHO
    BRUNO BOGHOSSIAN
    TALITA FERNANDES
    DE BRASÍLIA
    THAIS BILENKY
    ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

    09/12/2017 13h24

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 09-12-2017, 12h00: Convenção Nacional do PSDB elege o governador de SP Geraldo Alckmin para presidente do partido. Com a presença dos principais caciques tucanos, o atual presidente interino Alberto Goldman, o ex presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de GO Marconi Perillo, o prefeito de SP João Dória, o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (foto), o senador Tasso Jereissati, dentre outros. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio (PSDB) durante convenção nacional do partido, em Brasília

    O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, desafiou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a disputar com ele prévias para decidir quem será o candidato do PSDB à Presidência da República.

    "Terei a honra para enfrentar e derrotar Geraldo Alckmin na disputa pela Presidência da República", disse Virgílio na convenção nacional do partido, neste sábado (9).

    Durante o evento, o paulista foi eleito o novo presidente da sigla.

    Ao discursar após sua eleição para a direção da legenda, Alckmin falou ver "legitimidade" na decisão de Virgílio.

    Quando o prefeito de Manaus revelou sua intenção, a militância do partido começou a vaiá-lo. Ele reagiu com ironia, citando o pré-candidato de direita à Presidência, Jair Bolsonaro, a quem se referiu como "fascista é homofóbico".

    "Muito bem. Vaiem à vontade. Mas acho de mau gosto vaiar a mim. Vaiem o Bolsonaro. E me aplaudam se eu derrotar o Geraldo Alckmin na convenção do partido."

    Arthur Virgílio disse também ter levado sua claque ao evento e defendeu "prévia geral, ampla, irrestrita e dura".

    O prefeito de Manaus defendeu fechamento de questão em relação à reforma da Previdência e fez críticas ao PT. Disse que o ex-presidente Lula "organizou a corrupção" e "quase fundou o sindicato dos corruptos".

    "Não vejo que essa mediocridade binária entre Lula e Bolsonaro vá dar certo", afirmou.

    O prefeito também criticou o próprio partido ao dizer que "o PSDB é um partido mais desacreditado que os outros".

    Sobre as eleições do ano que vem, rejeitou aliança com o partido do presidente Michel Temer e com ao menos uma legenda da base aliada. "Não aceito o apoio do PMDB e do PP", afirmou.

    Um tucano que estava próximo à reportagem no momento do discurso comentou que, com essa fala, o pré-candidato já criava problema com ao menos um Estado, o Rio Grande do Sul, onde os partidos são aliados.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024