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    Ministro confirma exoneração de general que defendeu intervenção

    RUBENS VALENTE
    DE BRASÍLIA

    09/12/2017 18h48

    Diego Vara/Agência RBS/Folhapress
    PORTO ALEGRE, RS - 28.04.2014 GENERAL - O general Antônio Hamilton Martins Mourão - Comando Militar do Sul. (Foto: Diego Vara/Agência RBS/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS *** ORG XMIT: AGEN1510161918239236 ORG XMIT: AGEN1709181435772378
    O general Antonio Hamilton Martins Mourão

    O ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirmou neste sábado (9) que o presidente Michel Temer deverá assinar nesta segunda-feira (11) o ato de exoneração do general Antonio Hamilton Martins Mourão do cargo de secretário de Finanças e Economia do Comando do Exército, em Brasília.

    "O comandante do Exército me informou que pedirá a exoneração [de Mourão], e eu concordei, o que será feito via decreto presidencial na segunda-feira", informou o ministro.

    O Informex, publicação considerada a "palavra oficial do Exército", já circulou neste sábado com a informação de que o general Mourão deixará a Secretaria de Finanças para se tornar adido na Secretaria-Geral do Exército. A nova lotação do general, contudo, ainda poderá mudar, pois Mourão tem dito a interlocutores que poderá pedir a reserva remunerada.

    Na quinta-feira (7), em uma palestra para um grupo de militares que apoiam a ditadura militar (1964-1985) chamado Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), Mourão fez críticas a Temer e aos ex-presidentes Lula e Dilmar Rousseff.

    "Não há dúvida de que atualmente nós estamos vivendo a famosa 'sarneyzação'. Nosso atual presidente [Temer] vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato", afirmou Mourão.

    A interlocutores, membros do governo federal disseram ser "inaceitável" o ataque do general à figura do presidente, além das críticas feitas anteriormente ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em setembro, Mourão disse que o Exército deveria "impor uma solução" para a crise política caso o Judiciário não punisse políticos investigados no escândalo da Lava Jato.

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