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    Luislinda tentou recorrer a Dodge para receber supersalário

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    16/12/2017 14h56

    TCE-BA
    A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, em evento na Bahia
    A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, em evento na Bahia

    Com o pedido negado pela Casa Civil, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, tentou recorrer à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para receber o pagamento pelos cofres públicos de pelo menos R$ 300 mil.

    Em solicitação, cuja cópia foi obtida pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação, a ministra requereu ao presidente Michel Temer que consultasse a procuradora-geral e a ministra-chefe da AGU (Advocacia-Geral da República), Grace Mendonça, sobre a solicitação.

    O pedido foi enviado no dia 16 de outubro, 13 dias após ela ter solicitado o recebimento de valor retroativo da quantia que foi abatida pelo teto constitucional do acumulado de seu vencimento integral com a aposentadoria de desembargadora pela Bahia.

    Procurada pela reportagem neste sábado (16), a PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou que não tinha condições de responder se o pedido chegou a ser encaminhado pela Presidência da República e que faria essa verificação na segunda (18). A assessoria de imprensa da ministra não respondeu à reportagem.

    Após a polêmica, Luislinda desistiu em novembro de todo o procedimento. Na solicitação, ela alegava que o trabalho executado sem a correspondente contrapartida "se assemelha a trabalho escravo".

    O episódio desgastou sua imagem, o que levou o presidente a procurar uma substituta para ela. Na última quinta-feira (14), na tentativa de ter uma sobrevida no posto, ela pediu para se desfiliar do PSDB, já que o partido a pressionava a deixar a pasta.

    A decisão, contudo, não mudou a situação de Luislinda, que deve ser trocada. Temer quer indicar alguém que tenha o respaldo da bancada feminina, na perspectiva de garantir votos para a reforma previdenciária.

    Ele deve se reunir na próxima semana com deputadas da base aliada para discutir opções. No Palácio do Planalto, são citados os nomes de Soraya Santos (PMDB-RJ), Rosângela Gomes (PRB-RJ) e Tia Eron (PRB-BA).

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