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    Lava Jato

    Adriana Ancelmo deixa a cadeia após liminar de Gilmar Mendes

    DO RIO

    19/12/2017 10h47

    Reprodução
    A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, em depoimento a Sergio Moro, em abril
    A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, em depoimento a Sergio Moro, em abril

    A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo deixou na manhã desta terça-feira (19) a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio, para permanecer em prisão domiciliar.

    O benefício, concedido na segunda (18) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, é semelhante ao dado pelo juiz Marcelo Bretas em março. Ela retornou para o presídio por determinação do Tribunal Regional Federal no mês passado.

    Em seu texto, o ministro citou decisões anteriores do próprio STF.

    "O caso é bastante semelhante ao mencionado HC 136.408, no qual a Primeira Turma deferiu a ordem –mulher com filho na faixa dos onze anos de idade, presa em conjunto com o pai das crianças. A prisão do pai reforça a imprescindibilidade da mãe para os cuidados dos filhos", diz o habeas corpus.

    Mendes também afirma que "a condição financeira privilegiada da paciente não pode ser usada em seu desfavor."

    O ministro diz que o crime supostamente praticado por Adriana "muito embora grave, não envolve violência ou grave ameaça à pessoa." E que ela esteve por meses em prisão domiciliar sem violar as regras estabelecidas pelas Justiça.

    A advogada foi condenada a 18 anos na ação penal referente à Operação Calicute, e responde a outras três ações penais. Ela é acusada de ter atuado na lavagem de dinheiro da organização criminosa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) por meio de seu escritório de advocacia e compra de joias.

    O advogado Alexandre Lopes, que representa a ex-primeira-dama, afirmou que "o STF deu uma grande lição a alguns magistrados do Rio de Janeiro". "Juiz que não tem compaixão não pode julgar seu semelhante", declarou o advogado.

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