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    Saúde de Maluf está em situação grave, diz advogado

    RENAN MARRA
    DE SÃO PAULO

    21/12/2017 18h40

    Nelson Antoine/Folhapress
    Deputado Paulo Maluf é amparado ao deixar o IML após o exame de corpo de delito

    O advogado do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) Ricardo Tosto afirmou nesta quinta-feira (21) que a saúde do parlamentar está em situação grave e que ele precisa de ajuda até para ir ao banheiro.

    Maluf está preso provisoriamente em São Paulo e aguarda sua transferência para Brasília. Segundo Tosto, a viagem acontecerá nesta sexta-feira (22) ou na terça (26), após o Natal.

    A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), rejeitou pedido da defesa e manteve a prisão do parlamentar.

    "Ele está muito mal. Isso não é nenhuma estratégia, ele está ruim mesmo", disse Tosto na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, no bairro da Lapa, na zona oeste da cidade, onde o congressista de 86 anos está preso. "Ele pede ajuda para andar, pede ajuda para levantar quando vai ao banheiro. Ele está em uma situação grave".

    O advogado lembrou que Maluf passou um tempo sem ir ao Congresso e disse que, em um voo recente, o deputado não conseguia caminhar até a porta do avião. "Ele sentava um tempo, e aí um assessor o ajudava a levantar", disse.

    De acordo com o advogado, Maluf também não está bem psicologicamente e se emocionou durante o dia.

    "Se esse quadro continuar, ele vai passar Natal e o Ano-Novo longe da família", afirmou Tosto.

    Ele disse que ficou sabendo que Maluf estava novamente com câncer na próstata na terça-feira (19), logo após o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar que o deputado comece a cumprir pena em regime fechado.

    Em 1997, então com um pequeno tumor, Maluf fez cirurgia para retirada completa da próstata. Segundo Jorge Nemer, também advogado de Maluf, um novo câncer nessa região é algo "muito mais grave".

    Nesta quinta (20), ao pedir para que o deputado fique em prisão domiciliar, a defesa de Maluf mencionou problemas cardíacos, limitação de movimento, hérnia de disco, além de recentes sessões de radioterapia para combater o câncer. Ao chegar o IML para exame de corpo de delito, Maluf caminhou com dificuldades e precisou do auxílio de uma bengala.

    Maluf foi condenado pela primeira turma do STF a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado à perda do mandato e ao pagamento de 248 dias-multa no valor de cinco vezes o salário mínimo vigente à época dos fatos, aumentada em três vezes.

    O deputado se entregou na manhã de quarta (20), após negociação com a Polícia Federal.

    A PF foi notificada oficialmente do pedido de transferência de Maluf na manhã desta quinta e negocia com autoridades de Brasília a logística da viagem.

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