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    Liberado para condicional, Pizzolato deixa a prisão sorridente

    FÁBIO FABRINI
    DE BRASÍLIA

    28/12/2017 17h14 - Atualizado às 19h08

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deixa o Conselho Penitenciário do DF nesta quinta (28)

    O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no mensalão, foi posto nesta quinta-feira (28) em liberdade condicional.

    Ele foi liberado do regime semiaberto após participar de audiência na Vara de Execuções Penais de Brasília, durante a qual foram definidas as condições para que possa usufruir do benefício.

    O ex-diretor do Banco do Brasil foi liberado pouco antes das 17h. Saiu com sorriso no rosto e fazendo um "joia" com o polegar direito. Questionado sobre o que fará agora, respondeu: "Vou para casa abraçar minha mulher".

    Pizzolato terá de comparecer à Procuradoria Regional da Fazenda Nacional da 1ª Região em 30 dias para oferecer garantias de pagamento da multa imposta no julgamento do mensalão, de R$ 2 milhões, que foi parcelada.
    Em caso de inadimplência, pode ter a condicional revogada.

    O ex-diretor foi condenado em 2013 a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele tem dupla cidadania e fugiu para a Itália com passaporte do irmão morto. Porém, foi preso, extraditado para o Brasil e levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) da Penitenciária da Papuda em outubro de 2015.

    Desde maio, Pizzolato cumpria pena no regime semiaberto. Trabalhava durante o dia como assistente de programação numa rádio do ex-senador Luiz Estêvão (PMDB-DF), seu companheiro de cela, mas tinha de se recolher à prisão à noite.

    Nesta quinta, Pizzolato foi levado para audiência na Justiça do Distrito Federal, que se deu a portas fechadas, escoltado e algemado.

    OBJETOS PESSOAIS

    Durante a sessão, queixou-se que foi autorizado a levar objetos pessoais para a cela, que depois foram retirados com a justificativa de que seria restituídos aos familiares, o que ele alega não ter ocorrido. Entre os itens constavam um relógio, roupas e imagens do papa João 23, de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora de Mesocore.

    O juiz substituto Vinícius Santos Silva determinou que a direção da unidade prisional dê explicações sobre a entrada dos objetos e sua destinação. Remeteu o caso para o Ministério Público apurar eventuais irregularidades.

    Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do DF informou que a unidade prisional vai apurar o caso.

    O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a liberdade condicional para Pizzolato por ter atendido às exigências legais, como cumprir um terço da pena, ter comportamento adequado na prisão e bons antecedentes.

    O fator decisivo foi ter começado a pagar multa de R$ 2 milhões, graças a um acordo que permitiu parcelar o débito em R$ 2.175 mensais.

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