A maior parte são 12 salas do Barra Prime, um prédio comercial. Todas foram vendidas para a MCA Participações, empresa que tem entre os sócios uma firma do Panamá. Ela adquiriu as salas de Flávio em novembro de 2010, 45 dias depois de o deputado ter comprado 7 das 12 salas.

Segundo os registros, o político lucrou com a operação pelo menos R$ 300 mil no curto período.

Em 2012, Flávio comprou no mesmo dia dois apartamentos diferentes. Nos dois casos, os ex-proprietários venderam os imóveis com prejuízo –pelo menos no papel– de ao menos R$ 60 mil. Pouco mais de um ano depois, Flávio lucrou R$ 813 mil com a venda dos mesmos imóveis, valorização de mais de 260%.

Resultado semelhante ele teve com um imóvel adquirido na planta em Laranjeiras.

Flávio o declarou à Justiça Eleitoral em 2014, por R$ 565,8 mil. Em 2016, informou o preço de R$ 846 mil. No fim daquele ano, a compra foi registrada em escritura, por R$ 1,7 milhão. Um ano depois, o revendeu por R$ 2,4 milhões.

OUTRO LADO

A Folha procurou Bolsonaro e seus três filhos desde a tarde de quinta-feira (4) e encaminhou 32 perguntas para as assessorias dos quatro.

Apenas as de Flávio e Carlos responderam, mas de forma genérica.

Flávio afirmou que estava em viagem ao exterior e que ficaria à disposição quando retornar ao Rio, dia 17.

A Folha enviou 13 questionamentos a Jair Bolsonaro, entre os quais se ele considera o patrimônio de sua família compatível com os ganhos de quem se dedica exclusivamente à política. O deputado não respondeu.

Comentários

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Termos e condições

Ronaldo Nascimento

14/01/2018 09h28

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O lula e o pt nunca se manifestaram sobre o livro do Romeu Tuma Jr, intitulado " Assassinato de Reputações" em que se aborda a vida pregressa do lula, bem como o seu envolvimento junto com os membros do pt na morte de Celso Daniel. Os eleitores do lula deveriam ler esse livro. A imprensa se esquiva desse livro. Por que?

Helio Marcengo

11/01/2018 13h04

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Família Bolsonaro virou vitrine. Mas se não tem nada errado, é fácil explicar através do IR. Santo ninguém é. O difícil é achar um honesto na política. A família do Lula era pobre. Pai presidente, parece que todo mundo enriqueceu. A Folha deveria fazer essa devassa nas famílias de todos os candidatos. Se não, fica feio.

Luis Fernando Pacheco Ribeiro

08/01/2018 00h36

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É o tipo de reportagem feita de maneira ardilosa e tendenciosa, não vi em momento algum alguém dizer que teve algo roubado ou desviado dinheiro público. Negócios dependem de oportunidades, comprou tem alguém que quer comprar vende, qual o problema?. Porque a folha não vai ver o que os filhotes de Lula enriquecereram do nada. A imprensa nessa país precisa ser imparcial, coisa que parece que a folha não é.

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