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    Artista Alex Flemming expõe 'anti-retratos' inspirados na noção de caos

    BRUNO B. SORAGGI
    DE SÃO PAULO

    04/05/2014 02h00

    Autor dos retratos que estampam a vidraça da estação Sumaré do Metrô, o artista Alex Flemming volta a expor em uma galeria brasileira em mostra que será inaugurada na quinta na Paralelo.

    Remetendo ao caos interior, as dez pinturas à mostra ilustram personagens como "O Oculista como Paciente".

    Abaixo, leia entrevista com o artista.

    *

    sãopaulo - Qual a ideia por trás da exposição?
    Com essa série estou resgatando o retrato, que sempre foi um dos mais importantes temas na história da arte, mas que, depois do expressionismo abstrato, ficou abandonado. Quero retomá-lo, mas a partir de um conceito diferente: minhas obras na verdade são antirretratos, pois as pessoas não têm epiderme e se mesclam com o fundo preto e prata.

    Quem são as pessoas retratadas?
    Todas elas são pessoas que eu conheço e que fazem parte do meu dia a dia. As pinturas são produzidas a partir de registros fotográficos que eu mesmo faço delas.

    Seu trabalho fixo no metrô Sumaré tem uma ideia semelhante?
    Sim. A figura humana é o tema principal de toda a minha obra. Nela, o retrato aparece pela primeira vez no trabalho exposto na estação Sumaré do Metrô [são de sua autoria os rostos em preto e branco colados na vidraça da parada suspensa].

    Acha que SP está mais ou menos caótica desde que se mudou?
    Eu moro em Berlim há 24 anos, e sem dúvida minha querida cidade de São Paulo não melhorou nesses anos. Vamos dizer que a Pauliceia ficou ainda mais desvairada -para não dizermos impropérios impublicáveis por aqui [risos].

    Informe-se sobre a exposição

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