• Serafina

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    Ex-colega dos príncipes Harry e William no colégio é destaque em filme

    MARIANE MORISAWA
    DE NOVA YORK

    27/01/2013 03h00

    Hugh Jackman. Russell Crowe. Anne Hathaway. Amanda Seyfried. No meio do elenco de estrelas do musical "Os Miseráveis", dirigido por Tom Hooper ("O Discurso do Rei"), quase todas elogiadas por suas interpretações, um nome menos conhecido se destaca: o inglês Eddie Redmayne, 31.

    O ator de olhos azuis e rosto sardento interpreta Marius, um menino rico e bem-educado que abandona a família para lutar pela revolução. É amado por duas belas garotas: a doce Cosette (Amanda Seyfried) –criada pelo protagonista, o ex-presidiário Jean Valjean (Hugh Jackman)– e a forte Éponine (Samantha Banks), a filha de dois trambiqueiros (Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen). E só corresponde ao amor da primeira.

    Eddie credita à peça "Os Miseráveis", de que o filme é uma adaptação, sua vontade de atuar. Assistiu ao musical, aos sete anos, com os pais. "Queria ser o menino que fazia
    Gavroche. Era muito heroico, subia em barricadas", diz à Serafina. No filme, esse papel é interpretado pelo garotinho Daniel Huttlestone, de 12 anos.

    ABASTADO

    Filho do vice-presidente do banco de investimentos inglês Seymour Pierce, Edward John David Redmayne teve uma infância cheia de privilégios, parecida com a de seu personagem. Estudou no Eton College, o colégio interno frequentado pelos príncipes William e Harry. Eddie jogava rúgbi com William. Foi lá que começou a atuar. Mas, na hora da faculdade, não quis cursar artes dramáticas. Preferiu estudar história da arte e se formou em Cambridge, uma das melhores universidades da Inglaterra.

    Começou a atuar no teatro, como manda a tradição inglesa. De peruca e vestido, interpretou Viola em "Noite de Reis" e foi dirigido por Sam Mendes em uma peça no West End londrino. No cinema, destacou-se como o assistente de direção que se envolve com Marilyn Monroe no longa-metragem "Sete Dias com Marilyn" (2011).

    PINTURA

    Apesar de não serem do ramo, os pais sempre apoiaram sua escolha. "Mas falavam assim: 'Querido, é maravilhoso que você esteja atuando. Mas já pensou em ser produtor?'", conta, aos risos. "Tentei convencê-los de que produzir é ainda mais difícil que atuar."

    Eles ficaram mais tranquilos quando receberam um prêmio das mãos de Kim Cattrall, a Samantha de "Sex and the City", em nome do filho, por uma de suas primeiras peças, "A Cabra ou Quem é Sylvia", de Edward Albee. "Meu pai disse: 'Se Kim Cattrall acha que você pode fazer isso, então tudo bem!'", lembra.

    E não esqueceu o que aprendeu com o pai. Investiu o primeiro dinheiro a mais que ganhou com seu trabalho comprando duas obras do pintor inglês Patrick Heron (1920-1999). O cachê de "Os Miseráveis", mais polpudo, rendeu um novo piano.

    François Dischinger
    Ex-colega do colégio interno dos príncipes Harry e William, Eddie Redmayne se destaca no elenco de "Os Miseráveis"
    Ex-colega de colégio dos príncipes, Eddie Redmayne (foto) é destaque no megaestrelado "Os Miseráveis"

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