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    Galã de 'Diário da Princesa', sobrinho de Coppola dirige primeiro filme

    POR LUISA GRAÇA

    10/08/2016 16h40

    Robert Schwartzman é um otimista. Acredita que tudo vai dar certo no final. Talvez por isso o rapaz de 33 anos, vocalista da banda Rooney e membro de uma das dinastias mais importantes de Hollywood, não tenha se sentido intimidado ao estrear como o cineasta mais novo do clã Coppola na última edição do Festival de Tribeca, em Nova York.

    O longa "Dreamland", sua estreia como diretor e roteirista, conta com a participação de alguns de seus familiares no elenco, como a atriz Talia Shire, sua mãe, e seu irmão, o ator e músico Jason Schwartzman.

    Divulgação
    O cineasta e músico Robert Schwartzman
    O cineasta e músico Robert Schwartzman

    "Seria estranho se não trabalhássemos juntos. São bom profissionais, que funcionam para o projeto e com quem eu quis dividir esse momento. Do mesmo jeito que, como músico, quero que minha prima pense em mim quando vai fazer um filme para o qual posso contribuir", diz ele.

    A comédia, bem recebida pela crítica e ainda sem distribuição no Brasil, narra as agruras de um jovem aspirante a pianista (Johnny Simmons) na transição para a vida adulta. Tocando no bar de um hotel sofisticado em
    Beverly Hills, ele conhece uma mulher mais velha (Amy Landecker) com quem tem um caso curto e conturbado.

    "Fiz o filme como faço música: começo com uma ideia, um instrumento, e sigo até ver onde isso me leva. É uma história sobre relacionamentos", diz. "Quis retratar pessoas com muitos sonhos e ideias, mas que não chega a alcançar o que querem."

    Dirigir um filme era um sonho de Robert desde criança, mas que foi deixado de lado por conta da carreira musical. Ele nasceu e foi criado em Los Angeles, frequentando sets de filmagem para acompanhar a mãe e o pai, o produtor Jack Schwartzman.

    Chegou a fazer ponta como ator no primeiro filme da prima, Sofia Coppola, "As Virgens Suicidas" (1999), e como o par romântico de Anne Hathaway em "O Diário da Princesa". "Minha mãe sempre me levava para ver shows, ópera e balé. A arte sempre fez parte da nossa vida."

    Tanto que às vezes ele consegue unir as duas coisas. Como em 2014, quando compôs a trilha de "Palo Alto", longa de estreia da prima Gia Coppola, 29.

    Aos 17 anos, formou a Rooney, banda que encheu casas de shows nos Estados Unidos e Europa no início dos anos 2000. "Washed Away", o quinto álbum, lançado em maio, é influenciado pelo pop-rock dos anos 90 de bandas como The Cardigans e Grandaddy, além de uma parceria com a cantora e atriz francesa Soko. O álbum marca a retomada da banda, após um hiato de 6 anos, período em que Robert se dedicou à realização de "Dreamland".

    "Sinto necessidade de criar, de construir algo. Gosto de ter vários projetos paralelos", diz. Nesse momento, está focado na divulgação dos trabalhos recém-lançados, mas pretende explorar música e cinema na mesma medida -e sem pessimismo. "Levo o que faço a sério e sou exigente comigo mesmo, mas não tenho medo de falhar."

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