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    Milão, NY, Paris: conheça tendências das três principais semanas de moda

    POR PEDRO DINIZ

    26/03/2017 02h00

    Serafina visitou as principais semanas de moda do mundo e apresenta os principais movimentos vistos nas passarelas.

    MILÃO

    Semana italiana propõe a volta das logomarcas, bolsas em tamanho bonsai e muita pele (animal) à mostra.

    IMAGEM DA SEMANA

    Divulgação
    Sempre polêmica, Miuccia Prada misturou as décadas para abordar o feminismo e a luta por igualdade de gênero.Publicada na edição de março de 2017 da revista Serafina
    Sempre polêmica, Miuccia Prada misturou as décadas para abordar o feminismo e a luta por igualdade de gênero

    PSICODELIA 'MILLENNIAL'

    Alessandro Garofalo
    Semana de moda de Milão. Psicodelia Millenial. Publicada na revista Serafina de março de 2017.

    Para além do resgate do conforto e da mobilidade que o visual urbano traz ao armário, a retomada dos códigos da juventude tem a ver com uma nova geração de consumidores que as grifes querem atingir. Os "millennials", ou a geração "Y", não se identifica mais com o "look" comportado do final do século passado e procura um paralelo entre o visual do dia e o da noite.

    Tanto que grifes como a italiana Emilio Pucci reavaliaram seu mundo de roupas estampadas e silhuetas tradicionais para incluir a psicodelia e as silhuetas ampliadas do seu último desfile, na semana de moda de Milão. "Os 'millennials' são a voz do futuro porque são muitos, a maior geração depois dos 'baby boomers'.

    Suas experiências são muito visuais e ágeis. É preciso um engajamento por parte da moda com esses anseios", diz Laudomia Pucci, dona da grife florentina. O estilista Massimo Giorgetti, recém-contratado pela marca, assumiu a missão de levar os quase 103 anos da grife para o futuro que, segundo ele, está nas pistas de dança.

    NOVA YORK

    Azul, branco e vermelho chegaram às roupas e aos acessórios da semana de moda nova-iorquina, junto com bonés e jeans combinando com jeans.

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    Shannon Stapleton
    Estilista mais pop dos Estados Unidos, MarcJacobs colocou as modelos do seu desfile paraandar nas ruas de Nova York sob o julgamento dequem realmente importa: as pessoas comuns.Semana de moda de Nova York. Publicada na revista Serafina de março de 2017
    Estilista mais pop dos Estados Unidos, Marc Jacobs colocou as modelos do seu desfile para andar nas ruas de Nova York sob o julgamento de quem realmente importa: as pessoas comuns

    PODER 'SUPREME'

    Divulgação
    Poder 'Supreme'. Semana de moda de Nova York NY.Publicada na revista Serafina de março de 2017

    Um dos maiores exemplos do interesse da moda em colocar a estética da rua nas roupas de luxo é a marca americana Supreme. O negócio de peças "street" limitadas, que começou há 23 anos num pequeno espaço do Soho, no sul de Nova York, virou uma gigante que já fez parcerias com grifes e ícones da cultura pop.

    O músico Malcom McLaren, a marca Levi's e o ilustrador Robert Crumb já colaram seus nomes nas roupas da marca. Até pouco tempo, o endereço era segredo bem guardado dos moderninhos que fazem fila no cruzamento das ruas Prince e Crosby toda vez que a etiqueta lança uma nova coleção.

    As referências aos anos 1990 -bonés com logos, camisas de flanela e camisetas básicas fazem parte do repertório da marca -foram parar na passarela masculina da Louis Vuitton, em janeiro, e, nesta temporada internacional, nas araras da Lacoste.

    Às camisetas polo, calças "jogging" e jaquetas da grife do jacaré foram aplicadas silhuetas vintage e os contornos da fonte em negrito que identifica a Supreme. Tanto "hype" tem seu preço. Um simples boné vermelho com o logo aplicado em alto-relevo custa, na internet, R$ 480.

    PARIS

    As mulheres de paris vão de ombros de fora ou todas em preto e branco do underground gótico até a lua.

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    Bertrand Guay/AFP
    Em meio às estátuas do Museu do Louvre, os convidados da Louis Vuitton foram separados por muros, numa referência ao governo do novo presidente americano, Donald TrumpSemana de moda de Paris. Publicada na revista Serafina de março de 2017
    Em meio às estátuas do Museu do Louvre, os convidados da Louis Vuitton foram separados por muros, numa referência ao governo do novo presidente americano, Donald Trump

    GAROTAS PODEROSAS

    Zumapress
    Garotas Poderosas. Semana de moda de ParisPublicada na revista SErafina de março de 2017

    O visual das ruas não entrou sozinho na passarela nesta temporada de desfiles. Elementos do visual das sufragistas e referências a estéticas de movimentos sociais se somaram aos moletons, estamparia e visual largadão de algumas grifes. As precursoras do movimento feminista inspiraram a Dior.

    O azul tingiu o desfile urbano chique que a marca montou em pleno Museu Rodin, com boinas e conjuntos com capuzes que remetiam à silhueta Chevier, criada por Christian Dior (1905-1957), em 1947. A camiseta com o escrito "todos nós deveríamos ser feministas" virou febre entre fashionistas que posavam para fotos na entrada dos desfiles.

    A citação impressa faz referência à nigeriana Chimamanda Adichie, autora do "best-seller" "Para Educar Crianças Feministas" (2017). O discurso ganhou embalagem de luxo nas mãos da estilista Maria Grazia Chiuri, da Dior, que tem a missão de renovar a marca após a saída do belga Raf Simons, atual estilista da Calvin Klein.

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