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    Academia na periferia de Salvador revela campeões do boxe há 30 anos

    MARCIO PIMENTA
    DE SALVADOR

    24/09/2017 02h00

    O bairro Cidade Nova, na periferia de Salvador, já está acostumado com os sons ritmados de diretos, punchs e cruzados que saem de uma casa com portão de metal. É lá que está instalada a Academia Champion, por onde já passaram 6.000 meninos e meninas.

    Robson Conceição, o medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, e Adriana Araújo, bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, ainda passam por lá de vez em quando.

    No dia a dia, Robenilson Jesus Dadai, Cassia Silva, Bruno The Talent Menezes e Eric Parrudo Barbosa, que representam o Brasil em olimpíadas, são frequentadores.

    A história da academia começou em 1989, quando o pugilista Luiz Carlos Dórea conquistou o título mundial e passou a buscar um novo lugar para treinar. Improvisou uma academia no fundo da sua casa. Após o horário da escola, as crianças e adolescentes do bairro -como ainda acontece- iam até lá.

    Quando chegou perto de se aposentar, Dórea passou a recrutar alguns deles para treinar, sempre com a condição de que continuassem na escola. Entre aqueles adolescentes estavam Acelino Popó Freitas, Luís Cláudio Freitas, Kelson Pinto, Erivan Conceição e Valdemir Sertão Pereira.

    A partir dos anos 2000, o estabelecimento abriu espaço para o MMA. Os irmãos Rogério Minotouro e Rodrigo Minotauro também treinam na casa azul.

    Simples, pouco iluminada e distante da tecnologia que predomina no esporte, a academia é mantida com recursos próprios do fundador e de talentos ali revelados.

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