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    Kindle pode ser só 1º passo da Amazon no e-commerce 'físico' no Brasil

    DA REUTERS

    07/02/2014 13h38

    Após pouco mais de um ano vendendo apenas livros digitais no Brasil, a Amazon fará sua primeira incursão no varejo físico a partir desta sexta-feira (7), quando passará a ofertar o dispositivo eletrônico Kindle em seu site.

    Com a investida, a empresa norte-americana dá outro tímido passo em vendas online no país, mercado cujo faturamento anual é estimado em R$ 28 bilhões pela E-bit.

    Ao mesmo tempo, a companhia delega a terceiros a tarefa de orquestrar o processo de entrega, considerado um dos maiores gargalos do setor, ao contrário do que faz nos Estados Unidos, onde é dona de gigantescos centros de distribuição.

    Segundo Alex Szapiro, responsável por comandar a operação brasileira da Amazon, o envio dos tablets será realizado por empresas que já atuam no ramo, sem revelar a quantidade ou nome das parceiras logísticas.

    Perguntado sobre a chance do movimento preceder negociação de produtos variados no Brasil, modelo que consagrou a Amazon como uma gigante de vendas líquidas de US$ 74,5 bilhões em 2013, Szapiro evitou falar sobre planos futuros.

    "O que eu posso dizer é que tudo o que a gente faz, a gente aprende. Estou aprendendo hoje sobre livros digitais e sobre o consumidor brasileiro", disse.

    "A partir de amanhã, eu vou aprender como fazer meu produto físico chegar do ponto A ao ponto B", completou o executivo em entrevista na quinta-feira.

    Por ora, a companhia dará foco à oferta de mais um canal de vendas para o Kindle, acreditando no aumento da popularidade dos e-books no Brasil.

    Divulgação
    O leitor Kindle Paperwhite de segunda geração, vendido pela Amazon no Brasil
    O leitor Kindle Paperwhite de segunda geração, vendido pela Amazon no Brasil

    "A gente escuta através das editoras que o mercado de livros digitais no Brasil já representa algo na casa de 3% do total", disse Szapiro. "É um número interessante, eu diria que extraordinário, para um segmento de mercado que não existia um ano atrás".

    O tablet da Amazon já era encontrado em varejistas parceiras da empresa no Brasil, como Livraria da Vila, Casa e Vídeo e CTIS.

    Na Internet, uma das parceiras é a Nova Pontocom, divisão de vendas online da Via Varejo, do Grupo Pão de Açúcar, e vice-líder em comércio eletrônico do país.

    Para atrair consumidores ao seu endereço a partir de agora, a Amazon oferecerá frete grátis e parcelamento em até 12 vezes, num momento em que diversas companhias do setor, como Netshoes e Máquina de Vendas, diminuem o número de prestações para itens de menor valor com o intuito de tornar as operações rentáveis.

    "É uma novidade para a Amazon e uma obrigatoriedade no Brasil", disse, referindo-se às facilidades de pagamento.

    Quem comprar o tablet na Amazon.com.br e já for usuário pré-registrado também receberá o dispositivo com e-books adquiridos anteriormente.

    O novo modelo Kindle Paperwhite será vendido no site a partir de R$ 479, valor que já era praticado pelas varejistas parceiras, ante preço de US$ 119 (R$ 284) no mercado norte-americano.

    Desde que a Amazon entrou no país, em dezembro de 2012, o número de livros digitais em português vendidos no site subiu de 13 mil para cerca de 28 mil, sendo que os títulos gratuitos avançaram de 1.500 para 2.600.

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