Um pequeno computador em formato de óculos -esta talvez seja a definição mais curta e direta sobre o que é o Google Glass.
Por meio de um cubo de vidro que fica logo acima do olho direito, fixado em uma haste metálica, uma tela com 640 pixels x 360 pixels adiciona à realidade camadas de informação virtual.
Compatível com iPhone ou celulares com Android, o Glass permite que os usuários utilizem alguns recursos dos telefones por meio de comandos de voz e sensores de movimento do óculos, como fazer ligações, postar imagens no Facebook, enviar e-mails e SMS e tirar fotos.
Mas aplicativos especialmente desenvolvidos para a plataforma (que o Google chama de Glassware), quase inexistentes há um ano e que hoje apinham a loja do Glass, ampliam bem as possibilidades dos óculos inteligentes.
São mais de 50 programas oficiais e mais de uma centena encontrados em sites de terceiros. Entre as funções dos aplicativos estão ajudar a cozinhar, manter o motorista sonolento alerta e ler notícias em voz alta. O Bradesco tem um aplicativo que possibilita ver o saldo na conta.
Entre as dezenas de aplicativos ainda em desenvolvimento, há um que promete cruzar rostos de pessoas capturados pelo Glass com dados de redes sociais para identificar e marcar as pessoas em tempo real.
A atual versão do dispositivo pesa 50 g e tem armazenamento de 16 Gbytes, Bluetooth, wi-fi e capacidade de capturar fotos com 5 Mpixels e vídeos em HD com 720p -números bem satisfatórios para um aparelho tão diminuto.
A principal frustração é, como nos smartphones modernos, a duração curta da bateria. O Glass aguenta apenas cerca de uma hora longe da tomada sob uso intenso.
Atualmente, o Glass está em fase de testes e só é possível comprar uma unidade por convite do Google. Para retirar o acessório, os escolhidos devem pagar uma taxa de US$ 1.500 e retirá-lo pessoalmente nos Estados Unidos.
A expectativa é que, após seu lançamento, o Glass venda 21 milhões de unidades por ano até 2018, segundo a consultoria BI Intelligence. O preço para o usuário comum pode ser menor -sites especulam US$ 600. A empresa, porém, não confirma a informação.
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PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. O QUE É?
Dispositivo vestível de realidade aumentada semelhante a um par de óculos que tem funções similares às de um smartphone. O produto é desenvolvido pelo Google dentro do Projeto Glass.
2. O QUE ELE FAZ?
Muita coisa. Conecta à internet, tira fotos, faz vídeos, permite compartilhar conteúdo, envia mensagens, dá direções num mapa para determinado local, faz ligações quando sincronizado com um smartphone, faz chamadas de vídeo, responde a perguntas quando você fala com ele (algo como a Siri, do iPhone), traduz sua voz, entre outras funções disponíveis em aplicativos que podem ser baixados para o Google Glass.
3. PARA QUE SERVE?
O Google Glass já foi empregado para muitos fins. Se você é apenas um usuário que adora tecnologia, ele poderá um dia substituir o seu smartphone. Indo além, o dispositivo já foi utilizado por médicos, policiais, bombeiros, atletas, músicos, pilotos, jornalistas, entre outros. Cada um encontra uma funcionalidade nos óculos que pode auxiliar o desempenho em pontos específicos da sua profissão.
4. COMO EU COMPRO?
Você ainda não pode comprar. O Google Glass, por enquanto, está disponível apenas para um número limitado de pessoas selecionadas pela empresa, chamadas de "exploradores", que se dispõem a utilizar o dispositivo -pagando por ele- e dar um feedback ao Google. A expectativa é que o dispositivo comece a ser vendido para o público em geral ainda neste ano.
5. E EU QUE SOU MÍOPE?
Calma, você não está sozinho. O Google lançou neste ano uma série de armações de óculos de grau que se adaptam ao uso do Glass. Ou seja, se você precisa de lentes corretivas, também poderá usar o dispositivo. Há ainda opções de uso do Glass com óculos de sol e esportivos.
6. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Memória flash de 16 Gbytes, conector microUSB para o carregador, resolução de 5 Mpixels para fotos e de 720p HD para vídeo, suporte para conexão wi-fi e Bluetooth.