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    Qualcomm negocia "bolsa 3G" no Brasil com governo e operadoras

    BRUNO ROMANI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BARCELONA

    26/02/2014 13h41

    A fabricante de chips Qualcomm está conversando com o governo e as quatro grandes operadoras, Claro, Oi, Tim e Vivo, para implementar no país uma espécie de "bolsa 3G" –acesso gratuito universal à redes de terceira geração para o acesso a sites públicos e privados que ofereçam serviços sociais.

    À Folha, Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm na América Latina, disse que essa é a melhor maneira para garantir a inclusão digital no país. Sem o programa, argumenta ele, os investimentos da empresa e os cortes nas tarifas de smartphones feitos pelo governo não atingiriam o objetivo de conectar mais brasileiros.

    A conta dele é a seguinte: atualmente há 60 milhões de smartphones no país. Desses, 20 milhões têm planos de dados, 20 milhões acessam a rede 3G esporadicamente e 20 milhões nunca se conectam pelo 3G.

    "É possível que os próximos 60 milhões de aparelhos do país entrem na última categoria, pois virão de camadas cada vez mais populares. Serão 80 milhões de aparelhos sem conexão 3G, o que anula o objetivo de inclusão digital."

    Perguntado sobre se imaginava um plano parecido com o da internet popular, que leva conexão de banda larga por R$ 30 em 17 estados do país, ele discordou. "Queremos totalmente gratuito. A internet popular é boa, mas, no final, é necessário ter R$ 30 todo mês. Nem todos podem pagar".

    O executivo não deu datas para a concretização do plano, mas afirmou que existe interesse do governo e das operadoras.

    Ele também revelou que de todos os assinantes de internet móvel no país, 64% ainda acessam redes 2G.

    O jornalista BRUNO ROMANI viajou a convite da Nokia

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